
Luiz Flávio
Em sessão extraordinária realizada na tarde de ontem, o Conselho Superior do Ministério Público do Estado ascendeu os promotores de Justiça Armando Brasil Teixeira e João Gualberto dos Santos Silva aos cargos de Procurador de Justiça Cível e Procurador de Justiça criminal, respectivamente. A votação ocorreu em sessão pública, aberta e nominal, com aplicação do sistema de pontuação. O cargo de procurador é o posto mais alto da carreira no Ministério Público do Estado.
Armando Brasil integrou a lista por merecimento e recebeu a maior pontuação (444 pontos) dos conselheiros, na disputa com os também promotores Roberto Antônio Pereira de Souza (com 439,5 pontos) e Nilton Gurjão das Chagas (437 pontos). Já João Gualberto ocupava a 1ª posição na lista de antiguidade da 3ª entrância, para acesso ao cargo de procurador, em razão de ser o candidato mais antigo concorrendo no certame.
Participaram da votação os procuradores César Mattar Jr (Procurador Geral de Justiça), Waldir Macieira pela corregedoria, Francisco Barbosa, Cândida Nascimento, Rosa Carvalho, Socorro Mendo, Ricardo Albuquerque e Hamilton Salame. A sessão contou ainda com a participação dos promotores Sabrina Kalume e Alexandre Tourinho, presidente da Associação do Ministério Público do Estado (Ampep).
CARREIRA
Armando Brasil tem 55 anos e ingressou no MPPA em 1990. Pós-graduado em Ciências Criminais, atuou em mais de 40 comarcas pelo interior do Estado, como Cachoeira do Arari, Capanema, Bragança, Barcarena e Ananindeua, entre outras.
Promovido por merecimento para a capital, Brasil atuou na promotoria distrital e Icoaraci e na 2ª Promotoria do Juízo Singular. Em seguida passou a atuar na Promotoria Militar, onde permanece até hoje, se especializando no combate a milícias, grupos de extermínio e de policiais que praticavam extorsão mediante sequestro.
Com 33 anos de Ministério Público e mais de 20 anos na Promotoria de Justiça Militar, ele afirmou na noite de ontem que continuará com o firme propósito de defender os interesses da sociedade paraense junto ao poder judiciário, só que em outra instância.
“A sociedade paraense pode estar certa que estarei à sua disposição no meu gabinete com demandas e sugestões para que o MP possa continuar cumprindo sua missão constitucional de promover a realização da justiça, a bem da sociedade e em defesa do Estado Democrático de Direito”, garante.
João Gualberto dos Santos Silva, 66, ingressou no Ministério Público em 1986. Passou pelas comarcas de Muaná, São Sebastião da Boa Vista, Baião, Monte Alegre, Prainha, Viseu, Paragominas, Conceição do Araguaia e Marabá. Já na capital passou pelas promotorias Criminal, de Incapazes e Ausentes, da Moralidade Administrativa, da Família, e de Registros Públicos. Entre 2007 a 2012 foi convocado para a Procuradoria Cível junto ao Tribunal de Justiça do Estado, retornando em seguida para a Promotoria de Registros Públicos. “Desde 26 de março de 2023 estava convocado para a 12ª Procuradoria de Justiça Cível. Como procuradoria de Justiça Criminal, pretendo imprimir a mesma dedicação e continuar a trabalhar em prol da sociedade e da instituição ministerial”, assegura.