Círio de Nazaré

Mês do Círio também é de aumento nas vendas

Maria de Lourdes trabalha há mais de 40 anos próximo da Basílica
Foto Celso Rodrigues
Maria de Lourdes trabalha há mais de 40 anos próximo da Basílica Foto Celso Rodrigues

Trayce Melo

O Círio de Nazaré também é para os comerciantes de Belém uma oportunidade de aumentar a renda. É assim na avenida Nazaré, próximo da Basílica Santuário. Para esses vendedores, este período é, além de um momento de renovação da fé, hora de complementar a renda e de apresentar a cultura paraense por meio da venda de camisas, imagens de Nossa Senhora de Nazaré, fitas e tudo o que for alusivo ao período aos visitantes.

Quem reforça isso é o comerciante Ivanilson Costa, de 45 anos, que segue a tradição da mãe. A barraca “Raízes da mandioca” tem mais de 55 anos de funcionamento na avenida Nazaré. “As vendas estão sendo muito boas nesse período do Círio, a freguesia aumenta bastante com os turistas. Acredito que as vendas melhoraram cerca de 30% em relação ao ano passado. As pessoas aproveitam para se deliciar com as comidas típicas depois das missas na Basílica e da programação na Praça Santuário. É torcer para as vendas continuarem boas até o final da quadra nazarena”. Ele diz que alguns produtos típicos tiveram reajustes, mas não fez o repasse aos clientes.

RENDA

Com toalhas de diversas cores com a imagem da santa e berlinda, camisas do Círio, fitas coloridas, terços e escapulários, a vendedora Maria de Lourdes, de 65 anos, trabalha há mais de 40 anos nesse ramo próximo da Basílica. Ela destaca que as vendas nesta edição foram superiores ao ano passado. “Eu cheguei a vender mais de 300 camisas do Círio. As fitinhas para pedidos também saíram bastante. É um momento muito importante para todos que vivemos disso. Só tenho a agradecer a Nossa Senhora por nos dar essa chance de correr atrás do nosso sustento”, comentou.

Ela ainda diz que passando o período do Círio as vendas caem um pouco, mas dá para tirar uma renda. “Quando passa o Círio as vendas diminuem, mas ainda conseguimos faturar um pouco. Nessa área todo tempo chega excursões de viagens e as próprias pessoas que frequentam a Basílica gostam de levar uma lembrança para seus amigos e familiares queridos. Tem dia que um cliente chega a comprar R$100 de produtos ”, diz.

Charles Gabriel, de 18 anos, que trabalha em um restaurante com a família no perímetro, também diz que na época do Círio as vendas são muito boas. “A minha família já trabalha há muito tempo nesse local com comida. Na época do Círio todos os vendedores da redondeza vendem bem. A gente conquista os fregueses com a nossa simpatia e com o sabor diferenciado das comidas paraenses. Nesse período do Círio, as vendas melhoram 50% em relação a outros meses”.