Nildo Lima
O meio-campista Robinho, uma das peças-chaves que levaram o Paysandu de volta à Série B do Brasileiro, confirmou, ontem, que já teve o seu contrato renovado com o clube, que ele defenderá por toda a próxima temporada. O jogador deu detalhes sobre como ocorreu a reforma do compromisso, situação que precedeu a de todos os demais atletas, cujos vínculos com o Papão foram encerrados após a participação do time na Série C. De acordo com o apoiador, sua permanência na Curuzu, em razão de um acordo entre as partes, estava condicionada à subida de divisão do clube.
“Fiz um contrato de um ano. O Ari (Barros, executivo de futebol) me convenceu. Ele conversou com o meu empresário e acertaram que se o Paysandu conseguisse o acesso a renovação seria automática, sem a necessidade de discutir essas coisas”, explicou. O jogador, que estará com 36 anos na próxima temporada, adiantou que não estará presente em todas as partidas do Papão na temporada vindoura, principalmente na Série B. “Tenho de estar bem fisicamente. Estando bem fisicamente tenho certeza que faço uma Série B tranquilo. Só que tenho de treinar, tem as viagens, então não dá para jogar todos os jogos”, avisou o meia.
Este ano, o meio-campista, que chegou à Curuzu com a Série C em andamento, disputou 18 jogos com a camisa do clube. Em apenas duas partidas – contra o Altos-PI e o Amazonas-AM, pela 1ª e 2ª fases da Série C, respectivamente – esteve em campo durante os 90 minutos. Nos demais foi substituído, na maioria das vezes por conta do condicionamento físico. Líder do elenco bicolor e contando com a inteira confiança da comissão técnica e diretoria, o jogador acredita que o elenco bicolor precisa ser fortalecido para a disputa da Segundona do ano que vem.
“Temos de ter um elenco forte. Realmente a gente precisa contratar jogadores. A diretoria sabe disso”, declarou o jogador, que afirmou não saber a razão exata que levou o Paysandu a mudar de comportamento dentro da disputa da Terceirona. “E difícil chegar a uma conclusão sobre o que aconteceu para a mudança ter sido tão grande assim”, disse. “Muitos jogadores saíram realmente e outros chegaram. Acho que o torcedor ajudou, mas os jogadores acreditaram que o grupo poderia e conseguiria chegar, como chegou”, comentou.
O jogador justificou a bronca que deu no grupo de jogadores após a derrota em casa diante do Amazonas-AM, que tirou a classificação antecipada do time à Série B. “Queria que todo mundo estivesse com confiança, estivesse preparado porque sabia que seria uma guerra lá em Volta Redonda”, justificou.