Seu bolso

Preço da cesta básica cai no Pará; salário mínimo ideal seria de R$ 6,2 mil

As enchentes no Rio Grande do Sul levantaram a preocupação sobre o desabastecimento desses produtos, mas segundo o presidente da Aspas, não haverá falta dos alimentos. Preço do arroz, contudo, deve ser impactado Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará
As enchentes no Rio Grande do Sul levantaram a preocupação sobre o desabastecimento desses produtos, mas segundo o presidente da Aspas, não haverá falta dos alimentos. Preço do arroz, contudo, deve ser impactado Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará
  • De acordo com as pesquisas do DIEESE/PA, no mês passado (Set/2023), pela quinta vez este ano, o custo da alimentação básica dos paraenses voltou a apresentar queda;
  • A maioria dos produtos que compõem a Cesta Básica dos paraenses apresentou recuos de preços, com destaque para o feijão com queda de 14,67%;
  • Por outro lado, o estudo sugere que R$ 6.280,93 seriam o suficientes para arcar com os custos de manter uma família com 4 pessoas envolvendo saúde, alimentação e outros, ou seja 4,76 vezes o salário mínimo atual de R$ 1.320,00

Pela quinta vez no ano, o custo da alimentação básica dos paraenses voltou a apresentar queda. Ainda no mês passado, o custo total da Cesta Básica comercializada em Belém apresentou queda de recuo de 1,03%. Também no mês de setembro, o valor total do conjunto dos alimentos básicos apresentou recuo em 14 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

No Pará, a maioria dos produtos que compõem a cesta básica teve queda de preços, com destaque para o feijão, custando 14,67% mais barato, seguido da manteiga, com queda de 2,71%. O café recuou 2,13%, a carne bovina 0,96, óleo de soja 0,73%, açúcar com queda de 0,36%, pão com recuo de 0,26%, farinha de mandioca com queda de 0,20%, leite recuando 0,14% e, por fim, o tomate saindo 0,11% em conta.

Também no mês passado, apresentaram quedas de preços o arroz com alta de 1,02% seguido da banana com reajuste de 2,63%.

O custo da Cesta Básica para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 1.900,59 sendo necessários, portanto, aproximadamente 1,44 salários mínimos (baseado no valor do nova Salário Mínimo de R$ 1.320,00) para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação.

Já para comprar os 12 itens básicos, o trabalhador paraense comprometeu cerca de 51,89% do atual salário mínimo e teve que trabalhar 105 horas e 35 minutos das 220 horas previstas em Lei.

As pesquisas do Dieese mostram ainda que, com base no maior custo apurado para a Cesta Básica Nacional e levando em consideração o preceito Constitucional, que estabelece que o Salário Mínimo deva ser suficiente para alimentar o trabalhador e sua família, suprindo suas necessidades com alimentação, educação, moradia, saúde, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o valor ideal deveria ter sido de R$ 6.280,93, ou 4,76 vezes o salário mínimo atual.

PRODUTOS DA CESTA BÁSICA PARAENSE – SETEMBRO DE 2023
CARNE
1,00 KG – R$ 35,93

LEITE
1,00 L – R$ 7,16

FEIJÃO
1,00 KG – R$ 6,34

ARROZ
1,00 KG – R$ 5,92

FARINHA
1,00 KG – R$ 10,00

TOMATE
1,00 KG –
R$ 9,28

PÃO
1,00 KG – R$ 15,47

CAFÉ
1,00 KG – R$ 34,87

AÇÚCAR
1,00 KG – R$ 5,62

ÓLEO
900 ML – R$ 6,78

MANTEIGA
1,00 KG – R$ 57,88

BANANA
1 DÚZIA -R$ 8,98

RAÇÃO ESSENCIAL
R$ 633,53

Fonte: Dieese/PA