Pará

Governo entrega primeiro centro especializado em autismo no Pará

Governo entrega primeiro centro especializado em autismo no Pará Governo entrega primeiro centro especializado em autismo no Pará Governo entrega primeiro centro especializado em autismo no Pará Governo entrega primeiro centro especializado em autismo no Pará
Com dois pavimentos, o prédio tem capacidade para atender mais de 300 usuários com TEA, de 02 a 59 anos. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Com dois pavimentos, o prédio tem capacidade para atender mais de 300 usuários com TEA, de 02 a 59 anos. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Pryscila Soares

O governador do Pará, Helder Barbalho, inaugurou nesta terça-feira (3) o primeiro Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), localizado no bairro Batista Campos, em Belém. O centro possui capacidade para atender até 300 usuários/mês e passa a ser referência no atendimento de pessoas com autismo no estado. O espaço abriga ainda um projeto pioneiro no país: o primeiro Laboratório de Formação Profissional em Práticas com Evidências Científicas para o Autismo do Brasil, que qualificará anualmente 1.200 profissionais da rede pública de saúde de todo o Pará.

A implementação da formação profissional será feita pela Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (SUS). Para isso, o laboratório é equipado com salas de aula e salas com espelho, acopladas às salas de terapia. Vinculado à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo – CEPA, o Cetea foi idealizado em uma série de iniciativas do governo do Pará, viabilizadas pela Lei nº 9.061/2020, referente à Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Peptea).

Governador Helder e senador Jader Barbalho participaram da inauguração. Foto: Alex Ribeiro/Ag. Pará

A legislação, que foi sancionada pelo governador Helder Barbalho em maio de 2020, também criou o Sistema Estadual de Proteção dos Direitos dos Autistas, que ampara o mapeamento referente às demandas de pessoas com autismo no Pará.

POLÍTICA PÚBLICA

Além de capacitá-los, a formação dos profissionais busca implementar estratégias de atendimento da pessoa com autismo em todos os municípios paraenses, conforme destacou o governador Helder Barbalho. “Esta é, certamente, a mais importante estratégia de atendimento ao autismo em todo o Brasil, quando o Estado do Pará, referência neste segmento, implanta um centro de tratamento especializado que vai formar mão de obra, qualificar profissionais com o intuito de implementar estratégias nos 144 municípios do estado”, pontua.

O Pará já conta com três Núcleos de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), mantidos pela Sespa em Belém, Capanema e Tucuruí e outros quatro estão em obras atualmente, onde são ofertados atendimentos multiprofissionais que auxiliam no desenvolvimento de pessoas com autismo. A ideia é ampliar ainda mais a oferta a nível estadual.

“A intenção é levar essa experiência para todas as cidades e, para isso, é fundamental ter mão de obra qualificada e especializada. Este centro chega para formar mão de obra, implementar e garantir a ampliação da cobertura do atendimento. Com isto, o Pará consolida cada vez mais a iniciativa e a escolha de ser um estado protagonista, inclusivo e que protege os seus autistas”, declara Helder Barbalho.

Ainda durante a cerimônia, a coordenadora estadual de Políticas para o Autismo, Nayara Barbalho, ressaltou que no campo da formação o Cetea fará o acolhimento não só de gestores, mas também de profissionais e alunos envolvidos com o tema, para incentivar e promover o ensino, a pesquisa e a extensão sobre autismo em contextos intersetoriais, por meio de visitas guiadas, estágios, imersões e residências médicas e multiprofissionais.

No pavimento de atendimento a pessoas com autismo, o Cetea conta com salas de integração sensorial, salas de terapia, laboratório de corpo e movimento, box de intervenção individual, salas de habilidades sociais e vocacionais e salas de atividades de vida diária (AVD) e atividades instrumentais da vida diária (AIVD). Foto: Alex Ribeiro/Ag. Pará