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Ricardo Catalá defende trabalho com psicólogo

Ricardo Catalá espera definição sobre treinar o Remo em 2024. Foto: SAMARA MIRANDA-REMO
Ricardo Catalá espera definição sobre treinar o Remo em 2024. Foto: SAMARA MIRANDA-REMO

Tylon Maués

Quando da passagem pela Seleção Brasileira em Belém, dia 8 de setembro, no 5 a 1 sobre a Bolívia, na estreia das duas equipes nas Eliminatórias para a Copa de 2026, o técnico Fernando Diniz comentou sobre o trabalho com profissionais de Psicologia junto aos elencos de futebol profissional. Diniz, formado na área, destacou que o trabalho dentro e fora de campo tem que ser multidisciplinar. Ricardo Catalá, que comandou o Clube do Remo em boa parte da Série C do Campeonato Brasileiro, é formado em Educação Física, Psicologia esportiva e possui pós-graduação em gestão no esporte, e em entrevista recente ele destacou a necessidade dos atletas de esportes de alto rendimento terem um acompanhamento para saber lidar com os problemas emocionais.

“Todos os clubes que puderem ter uma maior variedade de profissionais, das diversas áreas, é melhor. E entre elas, lógico, da psicologia do esporte, mas que precisa ser um profissional bem específico porque a psicologia do esporte e de um consultório é bem diferente. Os clubes podem ter as duas coisas, porque estatisticamente, as doenças da atualidade são da mente e do coração”, observou o treinador em entrevista ao canal do YouTube RS Live Sports. “Quando você quebra o braço, você vai no ortopedista. Então entendo que quando você tem problema com a mente, coração, você precisa estar credenciado e homologado para fazer isso. Nisso, eu incluo o Remo, mas também outros times de futebol, empresas, mercado financeiro, um médico, motorista de ônibus, enfim. Todas as profissões têm suas dificuldades. Hoje um psicólogo é fundamental, independente do segmento”, completou.

Enquanto espera pela definição da eleição no Remo, o treinador segue uma rotina de estudos. Na mesma entrevista ele deixou claro que não apoiará nenhum dos candidatos na votação do dia 12 de novembro, mesmo tendo sido procurado por todos os pré-candidatos. Até aqui, todos os pleiteantes ao cargo de presidente azulino já se manifestaram pela renovação do contrato de Catalá.

O treinador comentou também da necessidade desse trabalho começar já na base, indo além da formação de atletas. “Você nunca está isento de sofrer com isso e quando é mais jovem e tem pouco conhecimento de si próprio, acaba percebendo e já é tarde”.