Ídolo no Remo, Rogério Belém assume desafio no Sub-17

Nesta terça-feira, dia 3, o Clube do Remo recebe em seu centro de treinamento o Vila Rica pela quinta rodada do Campeonato Paraense Sub-17. Foto: Sandro Galtran/Remo
Nesta terça-feira, dia 3, o Clube do Remo recebe em seu centro de treinamento o Vila Rica pela quinta rodada do Campeonato Paraense Sub-17. Foto: Sandro Galtran/Remo

Nesta terça-feira, dia 3, o Clube do Remo recebe em seu centro de treinamento o Vila Rica pela quinta rodada do Campeonato Paraense Sub-17. Até aqui, o time azulino acumulou quatro derrotas, o que o deixou na lanterna do Grupo A, resultando na saída do técnico Ailton Moraes e na contratação de Rogério Belém, ex-jogador do clube.

Aos 48 anos, ele tem a oportunidade de voltar ao clube que o revelou, agora como treinador. Como atleta, teve destaque com a camisa azulina na década de 1990, chegando ao Grêmio-RS, São Paulo-SP, Paysandu, Athletico-PR, Ceará-CE, Sport-PE, além de ter defendido equipes do futebol turco e grego.

“Voltar pro Remo, treinando uma categoria onde eu comecei a disputar, onde eu comecei a minha trajetória no futebol, que foi no Sub-17, é importante demais, gratificante. Então a gente espera fazer um grande trabalho”. Disse o jogador, em comunicado divulgado pelo clube azulino.

Em seu retorno à antiga casa, ele falou com exclusividade ao BOLA sobre o desafio, a volta, as influências e a aspiração em um dia chegar ao profissional.

Ser técnico de futebol era algo que já passava pela tua cabeça quando jogador ou foi uma ideia que amadureceu aos poucos?

R – Quando eu comecei a jogar futebol isso nem passava na minha cabeça. Quando cheguei aos 30,021, 32 anos comecei a me voltar para essa área. Eu, Fábio Carille, que é meu amigo e nos falamos sempre. Ele já deu um voo bem alto e estou em busca disso.

Você teve experiência em grandes clubes do Brasil e no futebol europeu. Quais as principais diferenças na preparação que mais te chamaram atenção?

R – Tive experiência de jogar em grandes clubes do Brasil e da Europa. A principal diferença que encontrei lá foi a organização. Hoje estou feliz porque o Clube do Remo tem uma estrutura boa, um padrão adequado e uma boa gestão. Isso me chamou atenção fora do país e vejo o Remo no caminho certo.

O que você leva hoje para trabalhar com os garotos que acha que faltou para ti quando tinha 16, 17, 18 anos?

R – O que eu posso passar para os garotos é o que faltou para mim na minha época, que foi a falta de apoio. Hoje, vejo uma estrutura bem diferente, em especial para os trabalhos físicos. Na minha época não tínhamos nem onde treinar e hoje o Clube do Remo tem um CT bem estruturado. Felizmente esses garotos têm uma estrutura muito melhor.

Como você vê a diferença das chances no Remo e na época em que estava começando e agora? Os garotos têm mais chances de chegarem prontos ao profissional?

R – Hoje depende muito da cabeça do treinador que vem para cá dirigir a equipe. Tem uns que vem com a mente totalmente fechada, não acredita na garotada, no jogador raiz, o que é muito ruim. O atleta da base está ralando, querendo aprender e se doa ao máximo em todos os quesitos, isso atrapalha. Não posso falar que hoje seja mais fácil, pois tudo depende quase somente do treinador, estou aqui no remo para ajudar, tentar mudar esse pensamento e dar oportunidade à base. São os garotos que dão equilíbrio ao time, ao clube na parte financeira. Minha missão será essa e futuramente penso, inclusive, em estar perto do profissional.