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Obra musical de Dona Onete é patrimônio do Pará

Ionete da Silveira Gama, Dona Onete, nasceu em Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, mas costumava passar os natais na casa da avó Raimunda, na Travessa Vileta, no bairro da Pedreira
Ionete da Silveira Gama, Dona Onete, nasceu em Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, mas costumava passar os natais na casa da avó Raimunda, na Travessa Vileta, no bairro da Pedreira

Nesta sexta-feira (29), o Governo do Estado publicou a Lei N° 10.088, que declara como patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado do Pará a obra musical da artista Dona Onete. A cantora e compositora é considerada um expoente de ritmos paraenses, como o carimbó, levando-os a palcos nacionais e internacionais. A proposta de lei foi apresentada pelo deputado Elias Santiago e aprovada com unanimidade pelos parlamentares da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).

Conhecida como “Rainha do Carimbó”, Dona Onete iniciou a carreira artística após os 60 anos com o álbum ‘Feitiço Cabloco’ , lançado em 2012, que agrega algumas das mais de 300 composições da artista. Nascida em Cachoeira do Arari, no Marajó, construiu uma trajetória marcante como mulher forte e independente, se dedicou ao ofício de professora de História e Estudos Paraenses durante 25 anos. Também atuou como secretária de Cultura de Igarapé-Miri, na década de 1990, período em que fez contribuições importantes para as ações culturais da região.

Participou de importantes grupos folclóricos como o “Raízes do Cafezal”e do grupo pop com raízes regionais “Coletivo Rádio Cipó” e no cinema interpretou uma cantadora de carimbó no filme “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, estrelado por Camila Pitanga. Foi uma das estrelas da série de espetáculos “Terruá Pará”, promovidos pelo governo do estado, contando com expoentes de todas as vertentes da música local.