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Caixa e BB reduzem juros do consignado após corte da Selic


FOTO: WAGNER ALMEIDA
FOTO: WAGNER ALMEIDA

Douglas Gavras/Folhapress

 

Os bancos públicos Caixa e Banco do Brasil mais uma vez saíram na frente e anunciaram cortes nas taxas do consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no mesmo dia em que foi definida nova queda da Selic (os juros básicos).

Nesta quarta-feira (20), o Copom (Comitê de Políticas Monetárias do Banco Central) anunciou um novo corte da Selic, de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano, o menor patamar em 16 meses. É a segunda redução consecutiva, após um longo período de manutenção dos juros.

O Banco do Brasil anunciou que o crédito consignado para o setor público e o crédito estruturado (com garantias) passam a contar com taxas de juros a partir de 1,19% ao mês e 1,21% ao mês, respectivamente.

Nos juros do consignado do INSS, o BB reduziu de 1,75% ao mês para 1,71%, na faixa mínima, e de 1,89% ao mês para 1,85% ao mês no patamar máximo. As novas taxas são válidas já a partir desta quinta-feira (21). O banco afirmou que também houve corte em empréstimos para pessoa jurídica e micro e pequenas empresas, com as condições variando conforme o perfil do cliente.

Já a Caixa anunciou que a taxa média de juros no consignado passa de 1,61% ao mês para a partir de 1,55% ao mês, também a partir de quinta-feira. O banco ainda não informou os novos juros especificamente do consignado do INSS. Para as micro e pequenas empresas, a Caixa oferece capital de giro a partir de 0,99% ao mês, corte de 0,22 ponto percentual, na comparação com a taxa anterior.

Em nota, a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, disse que as reduções anunciadas pelo Banco Central geram um ciclo positivo na economia, de maior acesso ao crédito, promovendo o desenvolvimento de setores importantes para o crescimento do país.

“São medidas que alcançam todos os clientes, auxiliando para que as empresas voltem a investir e contratar, e para que as pessoas possam voltar a sonhar e planejar suas vidas”, diz.

Ontem, em debate na Câmara dos Deputados, o ministro Carlos Lupi (Previdência) havia defendido que o teto para juros do empréstimo consignado do INSS acompanhe a redução da taxa Selic. “Nossa intenção é fixar essa taxa como referência para, cada vez que o Banco Central diminuir a taxa, a gente acompanhar a mesma proporcionalidade nas taxas do sistema de consignado”, disse.

Além das duas instituições públicas, a reportagem também procurou outros oito bancos privados, digitais e cooperativas de crédito, para que comentassem o impacto que a queda da Selic terá nos juros bancários.