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Gerson Nogueira e a vitória épica do Paysandu: 'Emoção e vitória no último instante'

Foto: Wagner Santana/Diário do Pará
Foto: Wagner Santana/Diário do Pará

Emoção e vitória no último instante

O volante Jacy Maranhão entrou no 2º tempo para reforçar o meio e ajudar no jogo aéreo. Fez um lance brilhante, aos 48 minutos, tocando de letra. A bola caprichosamente bateu na trave. Foi um sinal. Nos acréscimos, quando não parecia não haver mais tempo, ele desviou de cabeça um cruzamento de Vinícius Leite, botou 1 a 0 no placar e garantiu a vitória do PSC.

Uma vitória importantíssima e que pode ter sido a senha para o ambicionado acesso. É importante dizer que a partida foi disputada palmo a palmo desde o primeiro minuto. O equilíbrio prevaleceu ao longo do primeiro tempo e permaneceu na segunda etapa, embora com superioridade do Papão, tanto na posse de bola quanto na criação de jogadas.

Não foi um espetáculo, muito menos uma boa atuação do Papão. Como nos jogos contra Volta Redonda e Amazonas, o time teve momentos de desorganização, expondo-se a alguns riscos na defesa.

A partida começou aberta, com investidas dos dois lados, mas com predomínio dos sistemas de marcação. Por esse motivo, foram poucas as jogadas agudas. Para complicar, os dois ataques erravam muito nas finalizações. Os melhores momentos ficaram por conta de Nicolas Careca, para o PSC, e Mateus Anderson, para o Botafogo-PB.

Depois do intervalo, o PSC impôs um ritmo forte pelos lados, principalmente com Edilson na direita. O Belo se retraiu, à espera de chances para contra-atacar. Fechado em duas linhas de marcação, manteve o ataque bicolor afastado da área até os minutos finais.

O cansaço e a perda do zagueiro Pedro deixaram o Botafogo mais fragilizado e o Papão começou a explorar mais as jogadas pelo meio, com Ronaldo Mendes e Vinícius Leite, que cresceu de rendimento na etapa final. A entrada de Juninho no lugar de Robinho contribuiu para a criação de jogadas na diagonal pela meia-direita.

Com a entrada de Jacy Maranhão no lugar de João Vieira, Hélio dos Anjos deixou claro que a opção era reforçar o setor de ataque, sem descuidar da marcação. Como o Belo pouco se arriscava na frente, o PSC tratou de ocupar o campo de defesa inimigo.

E as chances começaram a aparecer. Aos 33 minutos, o Botafogo chegou com perigo, em arremate de Rogerinho. Aos 44’, Jacy Maranhão aproveitou uma cobra e meteu o pé. A bola passou tirando tinta do travessão. Quatro minutos depois, Juninho iniciou o já citado lance do toque de classe de Jacy, que bateu na trave.

Apesar de melhor na partida, o PSC começou a entrar no modo desespero, vendo que o tempo se escoava e o Belo abusava do antijogo. Aliás, por ironia, por conta do excesso de cera, o jogo se estendeu até os 57 minutos, proporcionando uma sequencia de escanteios em favor do Papão.

Até que, aos 56’, depois de uma cobrança rápida de córner, Jacy Maranhão apareceu no segundo pau para cabecear e botar a bola no fundo do barbante, fazendo explodir de alegria os mais 50 mil torcedores presentes ao Mangueirão. A festa bicolor estava completa.

Um espetáculo inesquecível no novo Mangueirão

Foto: Wagner Santana/Diário do Pará

No jogo entre Brasil x Bolívia, pelas Eliminatórias Sul-Americanas, o estádio estadual Jornalista Edgar Proença viveu uma grande noite, com mais de 43 mil pagantes e um show da torcida paraense. Ontem, foi a vez de um novo espetáculo, desta vez proporcionado pela Fiel Bicolor, que superou o público da Seleção Brasileira.

Fumaça alviceleste na entrada do time e muita cantoria nas arquibancadas redecoraram o estádio. Ao longo da partida, o torcedor não negou fogo. Apoiou do início ao fim, com direito a alguns minutos de apreensão no segundo tempo. No fim, tudo deu certo e o Papão não frustrou a massa.

Com sete pontos ganhos, o acesso está logo ali, ao alcance da mão. Uma nova vitória, que pode vir no jogo com o Amazonas, no Mangueirão, será suficiente para colocar o Papão na Série B 2024.

Hélio acerta nas mexidas que fizeram o time crescer

Foto: Wagner Santana/Diário do Pará

O predestinado Jacy Maranhão pode ter sido o autor do gol-símbolo do acesso à Série B. Antes de marcar de cabeça, quase fez um gol de letra. Foi o grande nome do time na reta final, quando os demais jogadores pareciam cansados e sem capacidade de decisão.

Hélio dos Anjos acertou em cheio ao substituir João Vieira, que não fez uma boa partida, por Jacy Maranhão. Longe de deixar o time recuado, acrescentou força e altura ao ataque. Juninho, substituto de Robinho, também fez uma apresentação satisfatória.

Depois de uma atuação pouco contundente no 1º tempo, o técnico fez o time abandonar o comodismo no meio-campo e partir para sufocar o adversário no 2º tempo, utilizando até quatro jogadores na frente.

São Paulo põe mão na Copa; Fogão perde e é garfado (de novo)

A Copa do Brasil parece estar a caminho de Dorival Junior outra vez. No ano passado, ele levantou o troféu no comando do Flamengo. Desta vez, pode fazer a festa pelo São Paulo em cima do ex-clube. O primeiro passo foi dado ontem, no Maracanã, com uma vitória segura e merecida.

Na Série A, o Botafogo viu encurtar sua vantagem. Depois de perder para o Atlético-MG, agora está a 7 pontos do 2º colocado, Palmeiras. O Fogão começou bem, mas, aos poucos, foi se acomodando. Tomou um gol e empatou, mas a arbitragem anulou o gol legal de Diego Costa.