Já são 26
anos de carreira desde que protagonizou a segunda temporada de ‘Malhação’, mas
de 2014 para cá, os trabalhos na TV rarearam para Claudio Heinrich, 49. O ator
não sabe o que é fazer uma novela há quase uma década, e diz que não tem ideia
do que aconteceu para ser esquecido desta forma – sua última participação foi
em “Pecado Mortal” (Record), há oito anos.
Ex-paquito fala de assédio, drogas e polêmica com Xuxa
“Não me
chamaram mais e também deixei de correr atrás. Deveria ter procurado alguns
produtores de elenco, mas não fiz isso”, admite. Ele lembra que nos
últimos anos fez participações em séries, filmes e programas humorísticos e
sente falta de atuar. Mas novela que é bom… nada. “Queria voltar a trabalhar
em teledramaturgia, sim, porque é o que eu mais gosto. Só não faço mais porque
não me chamam”, diz.
Claudio
acabou de gravar um curta sobre a guerra na Ucrânia -“War and Peace”,
do diretor Alexandre Avancini-, e vem vivendo do que acumulou nos áureos tempos
de jovem galã da Globo. Durante um bom tempo, ele foi o campeão de cartas na
emissora (o melhor índice de sucesso pessoal nos tempos pré-internet e redes
sociais) e ganhou um bom dinheiro fazendo “presença vip” e como
príncipe dos bailes de debutantes pelo país afora.
“Trabalho
desde os 15 anos e sempre economizei para poder investir em vários negócios.
Hoje, eu tenho as minhas rendas”, afirma ele, que começou como paquito de
Xuxa Meneghel no final dos anos de 1980. Ficou quatro anos na função, quando
resolveu estudar teatro e investir na carreira de ator.
Ao contrário
de outros ex-assistentes de palco da loira, ele minimiza a fama de durona e
autoritária de Marlene Mattos, a ex-diretora do programa. “Ela precisava
ser firme para a máquina funcionar”, comenta. Discreto, o hoje faixa preta
e professor particular de jiu-jítsu não vê sentido em esticar a conversa quando
o assunto é o bastidor do programa.
“Vi que
algumas pessoas falaram sobre isso, fizeram livros contando coisas dos
bastidores. Acho que as pessoas gostam de se promover”, critica. Meio a
contragosto, confirma que teve um trelelê com a então paquita Leticia Spiller
na época em que trabalharam juntos no programa de Xuxa. “Namoro de
adolescente”, limita-se a dizer.
Política já
é um assunto que o deixa desconfortável, a ponto de mudar a entonação ao falar,
por telefone, com o F5. “Não me posiciono, prefiro não falar nada sobre
política. O voto é secreto e cada um tem o direito de se posicionar ou não. É
um direito em qualquer democracia”, encerra.