O governador Helder Barbalho participou nesta quinta-feira (14), do “Brazil Climate Summit”, em português, Cúpula do Clima no Brasil. O evento acontece na Universidade de Columbia, em Nova York (EUA). Em sua participação, Barbalho pleiteou que a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em 2025, tenha como pauta principal o financiamento global para preservação da floresta.
“Nós precisamos colocar na COP30 que a agenda vai ser a floresta viva baseada em financiamento global para o modelo de sustentabilidade da floresta em pé. A transição energética foi a pauta da última COP de Sharm el-Sheikh. Este ano, Dubai vai apresentar a agricultura regenerativa. Agora, a agenda que interessa para o Brasil é floresta, porque é a floresta viva que nos diferencia e nos coloca no patamar de protagonizar a agenda ambiental mundial”, ponderou.
Helder Barbalho também dividiu responsabilidade e protagonismo do país na preservação do meio ambiente. “É fundamental que nós possamos aproveitar da COP 30 para fazer um chamamento ao planeta. O mundo não pode apontar o dedo ao Brasil e dizer o Brasil é responsável pelo equilíbrio climático. Não. O Brasil, ele tem que se apresentar dizendo: ‘Nós queremos ser protagonistas do equilíbrio climático e o mundo tem que criar o financiamento da agenda climática para a sustentabilidade no nosso país’”, afirmou.
A participação do chefe do executivo estadual paraense aconteceu durante o painel “COP30: Liderando discussões para 2025 no Brasil”, que também contou com as presenças do editor da América Latina do jornal Financial Times, Michael Stott; do secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Corrêa do Lago, e da jovem conselheira do Pacto Global da ONU, fundadora e diretora-executiva da Perifa Sustentável, Amanda da Cruz Costa.
Helder quer que Petrobras financie bioeconomia na Amazônia – Na oportunidade, Helder Barbalho também cobrou que a petrolífera Petrobras seja protagonista global em ações e iniciativas de financiamentos para preservação do bioma amazônico.
“Se a Noruega financia o Fundo Amazônia por explorar petróleo, porque a Petrobras, empresa brasileira, não lidera o processo de preservação da Amazônia antes de pedir a exploração? Porque se fizer isto, ela lidera para que nós possamos apresentar, inclusive, a condição da construção de uma narrativa que não seja meramente predatória ou exploratória, como é a agenda da exploração de petróleo”, pontuou o governador.
“A minha expectativa é que a Petrobras utilize o bom senso e que a orientação do presidente Lula para Petrobras seja que, enquanto o Ibama avalia se é viável ou não [a exploração de petróleo em alto mar] , a empresa coloque na mesa parte do lucro. Fruto, inclusive, das custas de grande parte da sociedade brasileira, que tem pago um combustível altíssimo e tem elevado o custo de vida dos brasileiros, então que coloque na mesa um cheque e patrocine a transformação e o financiamento para uma nova Amazônia com floresta viva”, complementou Barbalho.
Brazil Climate Summit – A Cúpula do Clima do Brasil tem como objetivo reunir líderes empresariais, empreendedores, academia, especialistas, formuladores de políticas, ONGs e organizações multilaterais para discutir as oportunidades e responsabilidades do Brasil em um mundo onde os impactos ambientais e sociais são os pilares de um novo capitalismo.