Carne suína vira alternativa na mesa

A carne bovina consumida no Pará é segura, garante sindicato do setor. Foto: Divulgação
A carne bovina consumida no Pará é segura, garante sindicato do setor. Foto: Divulgação

A carne suína está entre as fontes de proteína animal mais consumidas no mundo. No Brasil, as projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam um crescimento de até 5% na produção em 2022, podendo alcançar 4,95 milhões de toneladas. Já em 2023, a produção deverá chegar a até 5,1 milhões de toneladas, com elevação de 3%. Com uma maior oferta no mercado interno, consequentemente, o produto apresentou redução de preço. No acumulado de 12 meses até junho deste ano, a queda foi de 5,21%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É o maior recuo entre os 18 cortes que compõem a variação das carnes no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial de inflação do país. O cenário é favorável para o aumento no consumo da proteína. E, segundo a ABPA, o brasileiro está comendo mais carne de porco. A prova disso é que o consumo médio por pessoa passou de 16,9 quilos para 18 quilos em um ano.

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Quem comercializa a carne suína já observou esse aumento no consumo. É o caso do gerente de um açougue situado no bairro da Pedreira, em Belém, Gerson Pinto, 42 anos. No estabelecimento, por exemplo, o quilo do filé bovino custa R$ 58,99, da alcatra está R$ 41,99 e a picanha R$ 52,99. Por outro lado, os cortes suínos estão mais em conta, como o quilo do lombo a R$ 19,99, a costelinha também R$ 19,99, o carré R$ 17,99 e pernil custa R$ 15,99.

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“As pessoas estão comprando o que podem. E no momento está sendo a carne suína, que, na verdade, é uma carne muito boa e a mais vendida no mundo. Aqui no Pará é que não era bem vista. A carne não faz mal. É mais saudável até do que a bovina. No norte e nordeste é muito vendida. Então, hoje, além de o preço estar bem acessível, o pai de família faz conta e tem que viver conforme o que ganha. E a carne suína dá para fazer os mesmos pratos que a carne bovina”, pontua Gerson.