Pará

Contratações temporárias no Pará devem aquecer neste mês

Apesar do vínculo empregador e empregado ser não permanente, o trabalhador temporário também tem direitos. Confira! Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.
Apesar do vínculo empregador e empregado ser não permanente, o trabalhador temporário também tem direitos. Confira! Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.

Ana Laura Costa

Quem procura por uma oportunidade de emprego deve ficar atento neste terceiro trimestre de 2023. No cenário nacional, a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), estima a geração de 630 mil vagas temporárias até o final de setembro. Ainda segundo a associação, as contratações estão sendo puxadas pelo setor da Indústria (60%), seguido pelo de Serviços (30%) e pelo de Comércio (10%).

No Pará o cenário segue o mesmo ritmo. De acordo com a diretora regional da Asserttem, Cilene Herbster, os setores da indústria costumam iniciar as contratações temporárias em setembro já vislumbrando as demandas do final do ano como Black Friday, Natal e Ano Novo, e representam 60% das vagas ofertadas durante o período.

“O Comércio fica com 10% das contratações temporárias, e passa a comercializar o que foi produzido pela Indústria. O setor de Serviços tem tido destaque e representa 30% das vagas, liderado pelas companhias aéreas, shows, hotéis, cinemas, casas noturnas, feiras gastronômicas, bares e restaurantes”, pontua. O Círio de Nazaré também contribui com esse movimento. “Até em razão da quantidade de turistas que recebemos em nossa cidade, onde o setor de serviços é bastante movimentado”.

A previsão para a geração de oportunidades durante este período se assemelha ao resultado do ano passado, quando foram geradas 629.880 vagas temporárias, de julho a setembro, em âmbito nacional.

“A Asserttem não possui números regionais. O país continua passando por momentos de incertezas econômicas, o que faz com que as empresas recuem nas contratações para analisar melhor o cenário nacional. E neste ponto, a Associação tem sido cautelosa em suas previsões, pois levamos em conta variáveis imprevisíveis”, explica.

Nesta fase de instabilidade, o trabalho temporário vem auxiliar as empresas para que consigam atender suas demandas de forma mais assertiva e de forma a acompanhar a oscilação do mercado”, explica a diretora regional.

Oportunidade
Cilene Herbster acrescenta ainda que, para o trabalhador temporário, a vaga é uma janela de oportunidade, onde é possível mostrar seu potencial e vir a ser efetivado para os quadros permanentes da empresa. “Dos temporários contratados, 25 a 30% é a média de trabalhadores efetivados imediatamente após o encerramento do contrato temporário”, conclui.

 

Trabalho temporário deve crescer 30% em Belém no período

O comércio deve gerar muitas vagas de emprego até o fim de 2023. Foto: MAURO ÂNGELO

No centro comercial de Belém, a maioria das lojas já engata no ritmo de contratações para suprir a demanda que se aproxima na reta final de 2023, destaca o diretor do Sindilojas Belém, Muzzafar Said.

“Todos os anos há necessidade e precisamos de mão de obra, então para atender esse movimento que já começa com o Círio, as contratações aumentam em cerca de 30%. Aqui na loja trabalhamos com seis funcionários, até final do ano teremos mais dois ou três”, afirma Said, que também é gerente de loja.

Vale lembrar que as contratações temporárias são usadas em duas situações: substituição transitória de pessoal para cobrir férias, licenças médicas ou outros afastamentos de colaboradores da empresa, além de demanda complementar de serviços como aumento de vendas em datas comerciais. O prazo de contratação é de 180 dias, podendo ser renovado por mais 90 dias.

Segundo Said, a vantagem da contratação temporária é que boa parte já fica no quadro efetivo das lojas. “Eles acabam ficando permanente porque já conhecem, pegam o ritmo, sabem como funciona. Então muitos acabam sendo contratados permanentemente mesmo”, confirma.