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Bolsonaro divulga mensagem com Deus e ‘não desista’

Negociação de Cid tem gerado expectativa no meio político sobre eventuais depoimentos que atinjam Bolsonaro. Foto: reprodução Twitter
Negociação de Cid tem gerado expectativa no meio político sobre eventuais depoimentos que atinjam Bolsonaro. Foto: reprodução Twitter

Nathalia Garcia e Julia Chaib
Folhapress

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou neste domingo (10) em sua conta nas redes sociais uma mensagem citando Deus e a frase “não desista”.
A publicação foi feita um dia depois de o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ter homologado o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, com a Polícia Federal.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, pessoas próximas a Bolsonaro estão preocupadas com o teor das revelações que podem ser apresentadas por Cid e afirmam que o acordo tem potencial para comprometer a imagem do ex-presidente. Nas declarações públicas, entretanto, a ideia é dizer que Bolsonaro está sereno.
Nesta segunda (11), está prevista a internação de Bolsonaro no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde passará por duas cirurgias para tratar distúrbios digestivos.
Os procedimentos são de correção das alças intestinais e de hérnia de hiato. O ex-presidente também vai aproveitar para passar por uma operação de desvio de septo.
Segundo publicação de Fabio Wajngarten, assessor do ex-presidente, nas redes sociais, os sintomas e exames preparatórios feitos em agosto decorriam da facada desferida contra Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. O ex-presidente já teve de passar por quatro cirurgias em decorrência desse caso.
Para especialistas ouvidos pela reportagem, é provável que apenas a cirurgia para correção das alças intestinais se relacione com o episódio.

Cúpula
Integrantes da cúpula militar dizem avaliar que a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), pode ser positiva para as Forças Armadas se contribuir para acelerar as investigações.
Segundo eles, a colaboração pode ajudar a virar a página das suspeitas que pairam sobre os fardados e ao apontar quais militares cometeram crimes e puni-los por isso.