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Museu de Arte Urbana começa a tomar forma em Belém

Artistas selecionados pelo projeto trabalham nos painéis que formarão museu a céu aberto no Ver-o-Rio.
Artistas selecionados pelo projeto trabalham nos painéis que formarão museu a céu aberto no Ver-o-Rio.

Da Redação

O Museu de Arte Urbana de Belém começa a ganhar forma. Desde o último dia 5, 21 artistas visuais selecionados para o projeto a partir de edital iniciaram a grafitagem nos muros, fachadas e paredes de prédios localizados no Complexo do Ver-o-Rio.

A iniciativa é uma ação voltada para a valorização e fortalecimento do movimento conhecido como Street Art – arte urbana, mas também integra uma série de eventos que vêm aquecendo o turismo na região amazônica para a COP-30, o maior evento mundial sobre mudanças climáticas, que a capital paraense receberá em 2025.

Serão cerca de 15 dias de grafitagem no que promete ser um dos maiores museus a céu aberto do país. Os artistas também vão ministrar oficinas de arte urbana para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e o projeto ainda inclui um festival de música e gastronomia, que vai marcar a inauguração das obras, prevista para o dia 24 deste mês.

“Além da altíssima qualidade dos artistas, conseguimos fazer um line-up inclusivo: são 12 nortistas, amazônidas, três nordestinos, cinco sudestinos e um centro-oestino. As mulheres também são maioria: 12 mulheres e nove homens”, diz William Baglione, fotógrafo e curador do projeto. “Foi muito interessante fazer a curadoria a partir de um edital público porque, apesar de termos convidado vários deles a se inscreverem, outros foram ótimas surpresas”, completa.

O Maub terá obras de artistas como Amanda Nunes (DF), que desenvolve uma investigação acerca da trajetória de um corpo multiracial, feminino e periférico. Ou de And Santtos, artista autodidata nascido em São Domingos do Campim, com estética realista e surrealista no meio da arte plástica e do graffiti.

Também do pernambucano Derlon, cujas artes estão diretamente ligadas à imagem gráfica, baseando-se na estética da xilogravura popular e investindo na expressividade de traços simples e reduzidos. Ou ainda como Ghasper, grafiteiro, tatuador, fundador e integrante da crew RPC (Resistência Periférica Crew), em Belém.

Segundo Biglione, a maior obra do novo museu é um painel que medirá impressionantes 22 metros de altura por 56 de largura, demandando um artista experiente, cujo estilo seja compatível com o tamanho da obra. Após a inauguração, os painéis poderão ser vistos livremente ou em visitas guiadas pela equipe do projeto.