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Projeto de Jader tenta evitar que municípios percam fundo de saúde

 Jader quer esforços para evitar que os municípios sofram mais perdas.
Jader quer esforços para evitar que os municípios sofram mais perdas.

Luiza Mello

Existem mais de R$ 2 bilhões de saldo remanescente nas contas dos fundos de saúde municipais. Se não forem utilizados até o final do ano, os recursos do exercício financeiro de 2023 serão devolvidos para o Governo Federal. No Pará, o saldo total das contas dos fundos municipais e do fundo estadual chega a R$152 milhões. Todos os anos, as entidades municipalistas nacionais e regionais, além dos conselhos de saúde travam uma verdadeira batalha para evitar que as prefeituras percam esses valores destinados às ações de saúde.

Para o senador Jader Barbalho (MDB-PA) há a necessidade urgente de viabilizar meios legais que possibilitem aos municípios a execução dos recursos financeiros remanescentes de exercícios financeiros anteriores, constantes nos fundos municipais, e que são provenientes de repasses do Ministério da Saúde.

Para o parlamentar, é necessário envidar esforços para evitar que os municípios sofram mais perdas. para isso, ele apresentou um projeto de lei complementar que altera a Lei Complementar nº 172, de 15 de abril de 2020, e permite a prorrogação do prazo para a transposição e transferência dos saldos financeiros remanescentes das contas dos Fundos de Saúde, de exercícios anteriores, até o final do exercício financeiro de 2024.

Além da proposta, o senador encaminhou para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, um ofício solicitando informações sobre as providências e documentos necessários para que estados e municípios possam solicitar a transposição e a transferência de saldos financeiros remanescentes das contas dos Fundos de Saúde, de que tratam as Leis Complementares nº 172/2020 e nº 197/2022.

“Tenho ouvido sucessivas reclamações dos prefeitos paraenses sobre os gastos elevados na saúde e a queda no repasse de recursos. Estamos passando por um momento delicado para os gestores municipais que já sofrem com a queda da arrecadação. Sendo assim, solicito com urgência informações sobre o assunto para que eles possam fazer a solicitação e possam utilizar esses saldos o quanto antes possível”, escreveu o senador.

Jader Barbalho lembra que o objetivo do projeto de lei complementar apresentado ao Congresso é permitir que os municípios utilizem recursos provenientes de repasses que forem remanescentes de exercícios anteriores. Ele ressalta a urgência desse tema: “O prazo para o aproveitamento dos saldos vai até o final do exercício financeiro de 2023, ou seja, 31 de dezembro de 2023.”

O projeto apresentado pelo senador paraense propõe que o artigo 5º da Lei Complementar nº 172, de 15 de abril de 2020, passe a ter a seguinte redação: “Art. 5º A transposição e a transferência de saldos financeiros de que trata a Lei Complementar aplicam-se até o final do exercício financeiro de 2024.” De acordo com a proposta legislativa, a transposição e a transferência de saldos financeiros de que trata a LC nº 172/2020 “serão destinadas exclusivamente à realização de ações e serviços públicos de saúde, segundo os critérios disciplinados pelos arts. 2º e 3º da Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, e ficarão condicionadas à observância prévia pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios dos requisitos estabelecidos em seu art. 2º”.

O senador Jader lembrou que procedimentos similares foram adotados em anos anteriores e que a proposta de lei complementar não acarreta aumento de despesa ou diminuição de receita.