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Jogadores vão do estranhamento ao encantamento com Diniz na seleção

Jogadores convocados pelo novo técnico da seleção brasileira demonstram impressões distintas sobre Fernando Diniz. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.
Jogadores convocados pelo novo técnico da seleção brasileira demonstram impressões distintas sobre Fernando Diniz. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Tylon Maués

Nas duas entrevistas dadas desde o início da era Fernando Diniz à frente da Seleção Brasileira, é nítido que alguns jogadores mostram sentimentos díspares sobre os primeiros treinos com o novo comandante. Do estranhamento ao encantamento, ninguém tem passado incólume. Alguns jogadores do elenco já trabalharam antes com o treinador e foram fontes de informações antes dos primeiros trabalhos juntos.

“O pessoal que trabalhou com ele até brinca sobre as situações que já passaram com ele. Eu trabalhei com ele duas vezes, no Audax-SP e no Athletico-PR. Ambos mudamos bastante. O que posso dizer que hoje eu levo bem menos bronca”, confirmou o meia Raphael Veiga, que está tendo a terceira oportunidade de trabalhar com Diniz, a quem ele credita uma importância enorme em sua carreira. “Ele tem uma participação enorme na minha carreira dentro e fora de campo. Ele ajuda a todos e hoje sou um jogador e um homem melhor por ter trabalhado com ele”.

Casemiro destacou a necessidade de adaptação à nova forma de jogar, o que segundo ele é algo natural a jogadores de alto rendimento. O volante comentou, inclusive, sobre o fato de Fernando Diniz ser formado em Psicologia e usar desse conhecimento no dia a dia.

“Eu diria que não só no futebol, mas todos os seres humanos precisam de psicólogo, vai além do futebol. Diniz é formado em psicologia, sabe lidar com o ser humano. É característica. O Tite não era formado, mas a experiência de vida fala por si só. Cada um tem sua virtude e característica. O Diniz é formado em Psicologia, é importante, tem diálogo, mas o Tite também tinha, do lado mental. Era um bordão ser mentalmente forte. Cada um tem sua característica”.

Veiga lembrou da forma como Diniz gosta que seus times iniciem as jogadas, trocando passes desde a defesa, o que muitas vezes leva a torcida a ataques de nervos. O meia garante que nada disso é do acaso, pelo contrário, sempre bem treinado, embora reconheça a apreensão que isso leva à arquibancada. “Parece que a gente está correndo risco, mas é bem treinado. É uma bagunça organizada. Mas, para quem assiste deve dar um frio na barriga, mesmo”.