Tylon Maués
Convocado para substituir o lesionado Bento, o goleiro Lucas Perri está tendo sua primeira oportunidade de estar no elenco da seleção principal. Ele lembrou do quanto sua carreira deu uma guinada de 180º do ano passado para cá, quando se transferiu do Náutico-PE para o Botafogo-RJ, onde é um dos principais destaques do líder isolado do Campeonato Brasileiro, considerado por muitos como o melhor da posição atuando no país atualmente. Ele lembrou dessa virada profissional e o quanto o atual treinador e executivo de futebol do Paysandu têm importância nela.
“Tenho muita gratidão ao Hélio (dos Anjos) e a comissão dele, porque o convite partiu dele e do Ari (Barros) para ir ao Náutico. Eu tive a oportunidade de jogar, que era o que sempre corria atrás, então a gratidão é muito grande”.
Perri é oriundo da base do São Paulo-SP, onde teve poucas oportunidades, foi com a camisa do Timbu que ele teve a primeira sequência em sua carreira. “Seleção brasileira é um sonho para todos. Um ano e meio atrás, quando cheguei ao Náutico, nunca imaginaria que estaria na seleção, ninguém acreditaria. Agradeço demais a Deus por tudo o que tem acontecido na minha vida”.
Perri é um dos poucos que estão em Belém que já teve a oportunidade de trabalhar com Fernando Diniz. O goleiro havia subido para o profissional do tricolor paulista quando ele era treinado pelo atual comandante da seleção. Ele comentou sobre a adaptação e todos a uma nova filosofia de jogo.
“O Diniz trabalha muito, tem ideias muito firmes de formas de jogo. Tanto eu quanto os jogadores que trabalharam com ele tem afinidade com o trabalho dele e podem ajudar os que estão tendo esse primeiro contato. A ideia dele é rápida para assimilar e buscar o que ele quer, para trabalhar com e sem a bola com velocidade e nós estamos nos adaptando”.
Ele citou seu atual momento profissional para relembrar das dificuldades pelas quais passou, comemorando o fato de estar na seleção e de trabalhar lado a lado de duas de suas principais referências na posição.
“O mais importante é buscar o equilíbrio. Antes desse bom momento no Náutico e no Botafogo eu passei por situações bem difíceis. É preciso paciência e trabalhar sempre forte para tudo o que puder acontecer conosco”, disse. “Gosto muito de estudar sobre minha posição. Eu realmente amo ser goleiro e poder treinar com Alisson e Ederson é muito entendedor para minha carreira”, finalizou Perri.