Diego Monteiro
O setor da construção civil no Pará se destacou como a principal fonte de geração de empregos nos últimos meses. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA), em julho deste ano, foram geradas 3.138 vagas de trabalho no segmento.
A análise dos dados referentes ao período de janeiro a julho revela que a construção empregou 9.289 pessoas no Estado. Esses números são encorajadores para quem trabalha no ramo e sinalizam uma tendência de crescimento nos próximos dois anos, principalmente por causa da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), marcada para novembro de 2025, em Belém.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Pará (Sinduscon/PA), Fabrizio Gonçalves, destaca o otimismo em relação ao futuro do setor. “Estamos com os pensamentos todos para a COP-30, por isso a expectativa é promissora para os próximos anos, com previsão de novas vagas de emprego, em várias áreas. Esperamos mais de cinco mil empregos, divididos em obras diretas e indiretas”, afirma.
“Dentro desse aumento nas demandas, a construção e a reforma de prédios dedicados a hotelaria está no foco do setor, por isso que hoje o Sinduscon está dedicado em oferecer diversos treinamentos para estes profissionais, em parceria com outras instituições de qualificação de mão de obra. Oferecemos cursos, por exemplo de pedreiro, encanador e eletricista, entre outros”, pontua Fabrizio.
A nível nacional, vale ressaltar que, embora a construção civil seja responsável por apenas 6% do total de trabalhadores formais no Brasil, em julho deste ano, o setor representou 17,82% dos novos empregos criados. Das 142.702 vagas de trabalho criadas no sétimo mês do ano, 25.423 foram do setor. “Isso demonstra a importância do setor para a economia nacional”, conclui Gonçalves.
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Segundo o Dieese/PA, além da construção civil, outro setor que se destaca na geração de empregos no Pará é o de serviços. Para chegar a essa conclusão, basta observar os dados do período de janeiro a julho de 2023, na qual foram criadas 14.320 novas carteiras de trabalho assinadas neste segmento. Atualmente, o setor de serviços emprega um total de 887.045 pessoas em todo o Estado.
EMPREGOS
Leandro Souza, 25, trabalha como barbeiro há quatro anos na Vintage, uma barbearia localizada no bairro do Jurunas. De acordo com o profissional, o mercado é bastante competitivo diante do grande número de mão de obra. “Apesar dos desafios normais do trabalho, dá para se consolidar, com qualificação e compromisso, além, claro, oferecer um bom atendimento”, explica.
Mesmo em um mercado ainda desafiador, Leandro enfatiza que, com paciência, é possível conseguir um bom emprego. Recentemente, a barbearia contratou dois novos funcionários, sendo um deles o barbeiro Walacy Maurício Reis, 27, que está há cinco meses na barbearia. “Antes de vir para cá, estava trabalhando, ou seja, tem vaga para todos”, enfatiza.
Frank Daluz, 37, é quem entrega o pão em uma padaria na Rua Nova com a travessa Lomas Valentinas, no bairro da Pedreira. Entre um cliente e outro, o atendente informou que nesta terça-feira, 5, completa um ano no emprego, e contou ainda que, esse tipo de empreendimento apresenta movimento o dia todo, já que o produto vendido é essencial na mesa dos paraenses.
“Por volta das 5h da manhã acordo para começar mais um dia de trabalho e quando o relógio marca 6h eu já estou aqui, para receber os clientes. Depois tenho o meu intervalo e em seguida volto novamente para dar continuidade no serviço. Assim como qualquer profissão, a minha também tem seus desafios, mas estar inserido no mercado de trabalho não tem preço”, concluiu Daluz.
