Tropeço e destempero na Curuzu
Apesar de não ser desastroso, o empate nunca é um bom resultado para o mandante no quadrangular final da Série C. Afinal, são três jogos em casa e tropeçar logo no primeiro representa um sério prejuízo – ainda mais quando há vencedor na outra partida do grupo. O destempero do técnico Hélio dos Anjos, expulso da partida, deu bem a medida da frustração dos bicolores com o empate diante do Volta Redonda.
Como esperado, a partida começou em alta velocidade e o PSC balançou as redes logo aos 6 minutos. Nicolas Careca pegou um rebote de jogada e acertou um foguete no canto direito da trave do Volta Redonda. Pena que não valeu porque a jogada já havia sido paralisada pelo árbitro, que apontou falta em Mário Sérgio na origem do lance.
Na cobrança da falta, Robinho quase marcou. A bola foi no canto e o goleiro Jean espalmou. Em seguida, em arrancada pelo meio, Mário Sérgio mandou um chute forte e quase surpreendeu Jean. O jogo ficou temporariamente preso à briga pela bola no meio-campo, mas, aos 23’, Vinícius Leite também ameaçou com um chute perigoso.
Aos 27’, gol do Voltaço. Um lançamento longo para o ataque deixou o centroavante Ítalo Carvalho no mano a mano com Wellington Carvalho. Ítalo avançou e, ao entrar na área, foi derrubado pelo zagueiro. O próprio atacante foi para a cobrança e abriu o placar.
Cinco minutos depois, com o incentivo da torcida na Curuzu, o PSC foi ao ataque e conseguiu igualar o marcador. Robinho cruzou da direita, à meia altura, alcançando o lateral esquerdo Kevin no segundo pau. Ele dividiu com um zagueiro e marcou o gol de empate.
Na busca pela virada, o PSC quase chegou ao gol quando Robinho cobrou falta na área com muito perigo. A zaga afastou para escanteio, mas a jogada não teve consequência, deixando a primeira etapa no 1 a 1.
O Voltaço iniciou o segundo período no ataque. Ítalo chegou a fazer o gol, mas o lance foi anulado por impedimento. O PSC demorou a impor pressão. Só aos 20 minutos, em cruzamento de Kevin, Mário Sérgio quase desempatou em cabeceio que passou muito perto.
Nicolas Careca disparou um tiro forte, mas a bola passou por cima da trave. O cerco se intensificou com Vinícius Leite, que limpou jogada pela esquerda e bateu em curva, mas a bola saiu pelo fundo. Antes do apito final, o lateral Edilson tentou um chute cruzado e a bola quase entrou.
Nervoso, o técnico Hélio dos Anjos foi expulso de campo após receber o cartão vermelho direto. Ele reclamou acintosamente com o auxiliar, xingou e foi denunciado ao árbitro. Um sinal de desequilíbrio partindo logo do comandante, que, ao longo da semana, falou várias vezes sobre a importância da inteligência emocional para garantir vitórias.
O empate não derivou da falta de esforço ou insistência dos bicolores, mas dos seguidos erros de finalização. Das 13 tentativas de chutes a gol, o PSC só acertou quatro vezes, incluindo o gol de Kevin.
Arbitragem erra muito e decide clássico carioca
É sempre ruim quando o árbitro é a figura mais comentada de um jogo. Quase sempre significa que os rumos da partida foram subvertidos. Foi assim com o clássico Botafogo x Flamengo, válido pelo Brasileiro, que terminou com a vitória rubro-negra por 2 a 1. O protagonismo de Raphael Claus (Fifa-SP) se evidenciou em quatro lances capitais da partida.
A arbitragem falhou no lance que originou o primeiro gol do Flamengo, ao não assinalar a participação de Bruno Henrique, impedido, no desfecho da jogada, pressionando Marlon Freitas a tocar na bola e marcar gol contra. Claus e seus auxiliares talvez não tenham notado o impedimento, mas o VAR existe para assinalar esse tipo de infração.
Depois, Claus não puniu a cotovelada de Bruno Henrique em Víctor Cuesta na disputa de lance aéreo. A TV mostrou e repetiu a imagem, o que significa que a cabine do VAR teve como avaliar a gravidade da falta.
Bruno Henrique seria o autor do segundo gol flamenguista, driblando o lateral JP e mandando um chute perfeito na gaveta esquerda do gol alvinegro. Um golaço, mas a jogada foi iniciada com uma falta escandalosa de Wesley sobre Tchê Tchê próximo ao meio-de-campo. Claus acompanhava de perto e interpretou como lance normal.
Por fim, em jogada no ataque do Botafogo a bola foi desviada pelo zagueiro Léo Pereira com a mão, quase uma cortada de vôlei. Lance faltoso dentro da área é pênalti, mas Claus ignorou e o VAR se omitiu.
Erros graves e decisivos não podem ser tolerados quando a tecnologia existe justamente para dirimir dúvidas e repor a verdade do jogo. O Botafogo foi novamente prejudicado por Claus em jogo contra o Flamengo. Será mera coincidência?
Direto do blog campeão
“Eu, como boa parte dos torcedores paraenses, não compartilho do entusiasmo com a vinda da Seleção Brasileira. Os fiascos nas 3 últimas Copas, os esquemas das convocações, as palhaçadas promovidas pelos ‘craques’ e outras pérolas contribuem para a indiferença. Por último, a posição do dirigente Antonio Carlos Nunes, servil a todos os presidentes da CBF e que nunca se levantou contra as injustiças ao futebol do Pará, contribui para o total desânimo com o jogo da Seleção. Ainda temos um treinador meia-boca, ingressos caros e um adversário que é velho saco de pancadas, a pior seleção da América do Sul. Pergunte para qualquer torcedor paraense se eles prefeririam que a dupla Re-Pa conquistasse o acesso ou a Seleção ganhasse o hexa e veja o resultado”.
Aldo Valente, pesquisador e torcedor-raiz