Pryscila Soares
Diversos produtos alimentícios apresentaram recuos nos preços durante o primeiro semestre deste ano, entre eles estão a carne bovina, feijão, óleo, arroz e o tomate. Uma pesquisa divulgada no início deste mês pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará) apontou que a carne bovina reduziu 1,66% em julho, em relação ao mês anterior.
Já no comparativo de preços de janeiro a julho de 2023, o produto recuou, em média, quase 5%. Para quem comercializa refeições, as reduções nos preços dos itens são uma boa notícia, já que com os custos mais baixos é possível até mesmo equilibrar os valores para os clientes.
Cozinheira e proprietária de um box de refeições no Mercado de Carne, no Complexo Ver-o-Peso, Nazaré Melo, 56, garante que houve reduções nos preços de várias proteínas como a carne, o camarão e o peixe, que ela utiliza diariamente para preparar os pratos feitos no estabelecimento. Com os recuos, Nazaré também conseguiu reduzir os valores das refeições, mantendo entre R$ 13 e R$ 15.
“A gente comprava por R$ 40 (carne/kg), agora está R$ 32, R$ 35. Eu trabalho com paulista, chã e cabeça de lombo. O peixe, filé de dourada, baixou também. A gente comprava de R$ 20 a R$ 25 e agora está de R$ 15 a R$ 20. O frango, comprava coxa e sobrecoxa de R$ 12. Agora está numa média de R$ 8. O feijão também baixou, o óleo, que comprava de R$ 10 e agora está a R$ 6,50. Antes não sobrava dinheiro. A gente vendia, pagava as coisas e não sobrava. Agora está sobrando, graças a Deus”, relata.
Já a proprietária de outro box do local, Maria Martins, 60, observou queda de preço em alguns produtos. Porém, ela explica que ainda não sentiu um alívio efetivo no bolso, devido aos custos para manter o negócio.
“A cenoura, a batata, o tomate e a cebola reduziram. O limão está caro, R$ 4 por quilo. A batata agora está R$ 3,50, chegou a custar R$ 9 e R$ 10. O tomate está R$ 4. Antes, chegou a R$ 10. A dourada está R$ 12. Mas chegou a custar entre R$ 20 e R$ 30, o quilo”, informa. “O mercado está muito fraco, então coloquei um rapaz que faz entrega. Pago uma moça, que me ajuda. Uso um gás por semana. Agora, com o preço da gasolina aumentando, tudo aumenta também”, pontua a cozinheira.