Polícia

Homem é executado pelo 'tribunal do crime' em Ananindeua

O fato da vítima estar com as mãos amarradas e os disparos concentrados na região da cabeça há a possibilidade do homem ter sido vítima do famigerado “tribunal do crime”.
O fato da vítima estar com as mãos amarradas e os disparos concentrados na região da cabeça há a possibilidade do homem ter sido vítima do famigerado “tribunal do crime”.

JR Avelar

Aproximadamente vinte disparos de uma pistola Ponto 40 mataram um homem de identidade desconhecida cujo corpo foi encontrado em uma área de difícil acesso na estrada do Quilombo do Abacatal com acesso pela rua Principal do Aurá, no município de Ananindeua.

O corpo foi encontrado por um homem que saiu às 6h30 para “passarinhar” e logo avisou o Centro Integrado de Operações que enviou ao local viaturas do 30º Batalhão que logo acionaram uma equipe da delegacia de Polícia Civil do Aurá através do delegado José Alexandre.

O corpo do desconhecido foi encontrado amarrado e com marcas de tiros, a maioria na cabeça, o que demonstra o nível de violência dos assassinos que levaram a vítima que tinha entre 25 e 30 anos.

Testemunhas que tiveram acesso ao corpo não o reconheceram como morador da área. Como o local é afastado da comunidade mais próxima, que é o residencial Pouso do Aracanga, ninguém ouviu disparos de arma durante a madrugada.

Pela situação do corpo encontrado, o homicídio aconteceu no início do dia desta terça-feira (29) e apresenta para a polícia uma clara características de execução com a maioria dos disparos de uma pistola Ponto 40 direcionados ao rosto da vítima.

No local os peritos criminais da Polícia Científica do Pará recolheram várias cápsulas de pistola Ponto 40, algumas delas não deflagradas. Estas evidências foram recolhidas para análise no laboratório de balística no Instituto Médico Legal Renato Chaves.

O fato da vítima estar com as mãos amarradas e os disparos concentrados na região da cabeça há a possibilidade do homem ter sido vítima do famigerado “tribunal do crime”, muito comum nesta região do Aurá em Ananindeua.

A Polícia Civil, através da delegacia do Aurá e de uma equipe da Divisão de Homicídios, fizeram o levantamento na cena do crime e aguardam a identificação da vítima para dar continuidade nas investigações uma vez que não há informações sobre as circunstâncias do homicídio e nem sobre a provável motivação do crime.