Pará

DIÁRIO nasceu em um ano cujos fatos repercutem até hoje

A mítica seleção brasileira de 1982 reuniu craques como Zico, Sócrates e Falcão, mas foi eliminada pela Itália, que conquistou o mundial daquele ano. Foto: Reprodução
A mítica seleção brasileira de 1982 reuniu craques como Zico, Sócrates e Falcão, mas foi eliminada pela Itália, que conquistou o mundial daquele ano. Foto: Reprodução

Carol Menezes

No dia 22 de agosto de 1982 circulou pela primeira vez nas ruas um exemplar do DIÁRIO DO PARÁ. Dali em diante tinha início uma trajetória de sucesso, de busca pela informação completa e de qualidade, e ainda uma relação de confiança por parte dos leitores paraenses. O segundo ano da década de 80 também foi marcado por diversos outros acontecimentos que ainda hoje, 41 anos depois, são considerados históricos.

FATOS MARCANTES
O Brasil passava por um processo de reabertura após a instauração da ditadura militar, iniciada com o golpe de 1964. João Figueiredo (1918-1999) era presidente à época e foi o último desse período.

Em função desse novo momento, o rock nacional ganhou muita força e muitos representantes – dentre eles a Legião Urbana, os Titãs, o Capital Inicial e tantos outros -, tornando-se o gênero musical favorito de muitos brasileiros, especialmente dos mais jovens.

O Brasil foi eliminado pela Itália na segunda fase da Copa do Mundo de futebol. A Intel lançava seu então veloz e multitarefa microprocessador 80286.

A Organização das Nações Unidas definiu o ano de 1982 como o Ano Internacional de Mobilização pelas Sanções à África do Sul, focado no combate à política segregacionista adotada pelo país.

O acidente com o voo Vasp 168, que saiu de São Paulo (SP) com destino a Fortaleza (CE), matou todos os seus 137 ocupantes após a aeronave se chocar contra a Serra da Aratanha, na cidade cearense de Pacatuba. Foi o maior da história da aviação brasileira até 2006.

Foi também o ano em que o Brasil perdeu a cantora Elis Regina, o músico-ator-cantor Adoniran Barbosa. O Tribunal Superior Eleitoral concedeu em 82 o registro definitivo ao Partido dos Trabalhadores (PT) por unanimidade de votos, possibilitando a sigla de ter candidatos concorrendo às eleições.

Mesmo ano em que os padres franceses Aristides Camio e François Gouriou e os 13 posseiros de São Geraldo do Araguaia foram condenados à prisão pela Lei de Segurança Nacional, em Belém.

A maior hidrelétrica do mundo, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, foi inaugurada pelos presidentes João Figueiredo, do Brasil, e Alfredo Stroessner (1912-2006), do Paraguai. E finalmente, em 15 de novembro foram realizadas as primeiras eleições diretas para governadores, senadores, prefeitos, deputados federais e deputados estaduais.

Na primeira disputa por voto popular ao governo do Estado desde a vitória de Alacid Nunes (1924-2015) em 1965, o PMDB elegeu o governador Jader Barbalho, o vice-governador Laércio Franco, o senador Hélio Gueiros (1925-2011) e conseguiu por estreita margem as maiores bancadas entre os 15 deputados federais e 39 deputados estaduais eleitos.

Michael Jackson lançou Thriller, até hoje o álbum mais vendido de todos os tempos. Foto: reprodução

Foi ainda em 1982 que ocorreu a prisão de 91 membros do Partido Comunista Brasileiro por participarem do 7° congresso do próprio partido, em São Paulo. Também em SP houve no mesmo ano a realização do primeiro debate eleitoral transmitido pela televisão, com os candidatos a governador Franco Montoro (1916-1999), do PMDB, e Reinaldo de Barros (1931-2011), do PDS, após a suspensão da proibição imposta pela Lei Falcão.

Com a invasão liderada pela Argentina, teve início a Guerra das (ilhas) Malvinas. O Nobel de Literatura daquele ano foi para o escritor colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014). O cantor Michael Jackson (1958-2009) lançou aquele que continua sendo o álbum mais vendido de todos os tempos segundo o livro dos recordes: Thriller, que se transformou um ícone da música e da cultura popular.