Luiza Mello
O DIÁRIO DO PARÁ comemora, nesta terça (22), 41 anos de criação. Nasceu da necessidade de redemocratização da informação, após um longo período de mais de 20 anos de suspensão de direitos democráticos. A primeira manchete, publicada em 22 de agosto de 1982, deixava clara a linha de atuação do periódico: “Eleições Limpas”, estampava a primeira edição do jornal, idealizado e fundado pelo jornalista Laércio Wilson Barbalho.
Desde então cumpre o importante papel de ser um dos principais veículos de comunicação da região Norte, com a missão, não apenas de defender a Amazônia e todos que vivem nela, como também de assegurar o amplo debate democrático e plural no país.
O senador Jader Barbalho participou de todo o processo de criação do DIÁRIO.
“Naquele ano, eu me lançava candidato ao Governo do Estado do Pará em oposição àqueles que estavam atrelados ao governo militar”, lembra o senador. “Difícil era conseguir levar minha mensagem a todas as regiões do nosso imenso Pará, uma vez que os jornais e veículos de imprensa da época serviam aos candidatos da situação”, relata.
“Havia a necessidade de termos um instrumento para divulgar uma posição que não fosse a oficial”, explica o senador Jader, lembrando uma frase marcante dita ao pai, Laércio Barbalho, quando defendia a necessidade de terem uma alternativa de comunicação local. “Brinquei com meu querido e saudoso pai: ‘da forma que vamos seguindo, sem espaço na imprensa, difícil será até mesmo comunicar meu aviso fúnebre, caso ocorra’”, lembra o senador, que foi parceiro do pai na ideia de criação de um novo veículo de imprensa no Pará.
O jornalista Laércio Barbalho, que acumulava experiência em jornalismo da época em que trabalhou no “O Liberal Baratista”, entre 1946 e 1964, deu início à sua missão ao comprar máquinas que eram usadas para rodar o Jornal de Bauru, em São Paulo. E foi assim que nasceu a primeira edição do DIÁRIO DO PARÁ.
O jornal nasce com a proposta de ser um importante instrumento para a difusão de ideias e ideais democráticos “Começamos pequeninhos, com pouco mais de dois mil exemplares, enquanto o principal concorrente divulgava que contava com 98% dos leitores de jornais do Estado” recorda o senador.
De uma velha oficina à liderança do mercado no Estado
De lá para cá, o DIÁRIO assumiu posição de destaque não apenas no Pará, mas em toda região amazônica e no Brasil. Hoje, com a edição de número 14.244, o jornal se consolida como uma das mais importantes vozes em defesa da Amazônia, e se prepara para contribuir com a divulgação do mais significativo evento mundial sobre as mudanças climáticas, que é a COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), a ser realizada em 2025, em Belém.
Da velha e sucateada oficina onde nascia o desejo de Laércio Barbalho, o jornal seguiu sua trajetória, passando por várias etapas de tecnologia, até chegar ao estágio atual, mantendo a linha editorial sempre em defesa dos interesses da coletividade. O DIÁRIO foi pioneiro do sistema offset no Estado e a fotocomposição acelerou o processo de impressão e modernizou o mercado. O posicionamento firme a favor dos interesses do cidadão, da democracia, da informação a serviço do público conquistou os leitores.
Esse avanço se deu graças ao trabalho do neto do fundador, Jader Barbalho Filho, que consolidou o DIÁRIO como um líder de mercado de jornais impressos no Pará, desde 2006. O jornal acumula prêmios de qualidade recebidos de entidades internacionais e segue crescendo.
“O segredo desse sucesso é um só: muito trabalho, qualidade editorial e bons projetos de marketing. Procuramos, incansavelmente, nos qualificar, inovar e investir. Sempre”, lembra Jader, que foi diretor-presidente do jornal até o início de 2023, quando se desligou para assumir o cargo de titular do Ministério das Cidades.
“Nosso maior compromisso é com a produção de informações com responsabilidade, o que nos difere daqueles que são focados apenas em conquistar audiência sem compromisso com a checagem. Foi com esse propósito que nasceu o DIÁRIO, com a firme missão de prestar serviços à sociedade e ao mesmo tempo estarmos engajados no combate às chamadas fake news, e firmes no propósito de contribuir para um futuro melhor para o nosso Estado, para o país e, com certeza para o mundo, já que temos como um dos propósitos a defesa da nossa Amazônia”, resume o presidente em exercício do Grupo RBA, Camilo Centeno.