Veja onde tem gasolina mais barata em Belém

Ana Laura Costa

Após duas reduções em junho, a Petrobras anunciou na semana passada o reajuste nos preços do litro da gasolina, de 16,3% e, no caso do diesel, de 25,8%. O aumento passou a vigorar para as distribuidoras desde a última quarta-feira (16), em todo o território nacional.

Em função disso, a famosa pesquisa dos consumidores que pretendem economizar na hora de abastecer nos postos de combustíveis de Belém, começou. Isso porque quando os preços da gasolina e diesel sobem, uma série de produtos e serviços também encarecem, principalmente se o veículo é fonte de renda desses profissionais.

Ontem (21), em um giro pela capital, a equipe do DIÁRIO percorreu 10 postos de combustíveis. A média do litro da gasolina comum era de R$ 5,57, dependendo da empresa, do bairro e da modalidade de pagamento. No caso do óleo diesel, os preços variam entre a média de R$ 6,48, com mínima de R$ 6,19 e máxima de R$ 7,80.

Os preços estão pesando no bolso do consumidor e não é para menos. Conforme pesquisa divulgada pelo Dieese Pará, com base nas duas últimas pesquisas realizadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre 06 e 18 deste mês e 13 a 19 de agosto, o comparativo aponta que entre estas semanas, em média o litro da gasolina subiu 3,04%. Já o litro do óleo diesel aumentou em média 11,48%.

Ainda com base nos dados da ANP, analisados pelo Dieese Pará, na semana passada o Pará foi o 12° Estado que comercializou, em âmbito nacional, o litro da gasolina mais caro, e foi o 6º mais caro de toda a região Norte. O Pará encerrou a semana passada comercializando, em média, o litro da gasolina a R$ 5,60 e com preços oscilando entre R$ 5,19 a R$ 6,54.

No caso da comercialização do litro do óleo diesel S10, na semana passada, o Pará foi o 4º a nível nacional e regional que vendeu o litro do produto mais caro. Uma média de R$ 5,92, com a mínima de R$ 4,99 e máxima de R$ 7,79.

ECONOMIA

Motoristas por aplicativos e fretistas são os que mais sofrem com as variações, já que dependem do veículo para lucrar diariamente. A maioria ouvida pela reportagem afirma usar o cartão de crédito na hora de encher o tanque, mas o método não é mais tão vantajoso. Num posto de combustível localizado na avenida Pedro Álvares Cabral, por exemplo, de R$ 5,99 no litro da gasolina à vista, no cartão de crédito o consumidor chega a pagar R$ 6,23.

“Como que a gente não sente, né? A gente sente, não tem jeito. O negócio é pesquisar os lugares mais em conta. Eu sou motoboy, trabalho com entregas, faço viagens por aplicativo. Então, tem que economizar”, disse o motociclista Dayvison Alves, de 32 anos.

O motorista Alexandre Melo, 46, trabalha com frete e afirma que nessas horas precisa aumentar o valor do serviço e repassar aos clientes. “A gente tenta ir segurando da melhor maneira possível, mas nem sempre consegue. Aí o preço do serviço aumenta também para poder acompanhar e lucrar. Os clientes ‘choram’, a gente conversa, porque tem que dar um jeito”, comenta.

Preços

• Auto Posto Grupo GK (BR Petrobras ) – Tv. Lomas Valentina (esquina com a av. Duque de Caxias)

Gasolina comum: R$ 5,69 (à vista), R$ 6,49 (crédito)

• Posto Iccar – Rua Antônio Everdosa, bairro da Pedreira

Gasolina comum: R$ 5,57 (dinheiro ou PIX)