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Nova Acrópole promove passeio guiado pelo Centro Histórico de Belém

O encontro é aberto ao público em geral e livre para todas as idades.
O encontro é aberto ao público em geral e livre para todas as idades.

Wal Sarges

Resgatar a visão humanística do centro histórico da capital paraense. Essa é uma das propostas do passeio cultural “Descobrindo Belém” que ocorrerá neste domingo, 20, às 9h, com concentração no Museu do Estado do Pará, no bairro da Cidade Velha. O encontro é aberto ao público em geral e livre para todas as idades.

“Descobrindo Belém” é um projeto do movimento filosófico Nova Acrópole, que tem mais de 60 anos e atua em mais de 60 países, explica o coordenador Edmilton Furtado. “O objetivo do projeto corresponde ao da filosofia, que é descobrir quem somos. A proposta é que na nossa própria história está a nossa identidade paraense, e ela por sua vez está na história da adesão do Pará à Independência do Brasil; nos casarões, nas praças e principalmente nos símbolos que tanto valorizam a nossa cidade”, explica o coordenador.

O projeto começou há mais de 20 anos, com passeios pelo Centro Histórico que ocorrem duas vezes ao ano. A primeira é sempre em janeiro, no período do aniversário de Belém, onde são percorridos o projeto Feliz Lusitânia, a Igreja das Mercês e o Museu do Estado do Pará. O outro roteiro é este feito em agosto, pela Adesão do Pará à Independência do Brasil, que começa no Museu do Estado do Pará, passa pela praça Dom Pedro II, segue pelo centro comercial, passa pelo Mercado de Carne, Igreja das Mercês e, por fim, a Estação das Docas.

Este roteiro remete aos 200 anos da Adesão do Pará à Independência do Brasil, detalha Edmilton Furtado. A visita guiada é feita por um historiador ligado à Nova Acrópole.

“O passeio começa pela frente do Museu do Estado do Pará e vamos seguir pela rua 15 de Novembro, que é uma rua importante do nosso Centro Histórico, e vamos fixar na frente da Igreja das Mercês, que foi palco importante das lutas que são consequências da adesão. Na praça Dom Pedro II, iremos falar do memorial General Gurjão. Esses 407 anos formam a nossa história e eles estão gravados no Centro Histórico. Aí entra a importância dos símbolos e dos casarões, mostrar os nomes das ruas, das praças e símbolos para reforçar a identidade paraense”, ressalta.

Professores e pesquisadores ligados a essa instituição fizeram levantamento desses locais e dados históricos. “O grande objetivo é colocar uma nova visão sobre o nosso Centro Histórico e não vê-lo apenas como fachadas ou casarões, mas que a gente possa ter a nossa identidade ligada a ele. É dar esse aspecto humano porque ali está a nossa história, nossos antepassados, suas lutas e conquistas”, diz o coordenador.

PARTICIPAÇÃO

Os interessados em participar do passeio devem preencher um formulário disponível na página do Instagram da Nova Acrópole, informa o coordenador. “Em edições passadas, antes da pandemia, o evento já somava 600 participantes, que eram pessoas da própria cidade querendo conhecer sua própria história. O feedback do público é muito positivo quanto a isso. A maioria das pessoas conta que passava pelo local e via apenas casarões, mas agora têm uma visão diferente da importância do patrimônio histórico. Esse resgate é um dos objetivos do projeto”, lembra Edmilton.

“É um passeio leve, onde as pessoas podem conversar sobre suas experiências do que estão vendo, sentindo e como dialogam com o centro. E principalmente é enriquecedor da cultura porque quanto mais a gente se identifica com o centro, mais valoriza a nossa própria cultura. É um passeio aberto a todos os públicos, a gente só recomenda que as pessoas usem roupas leves, vão de tênis, boné, levem sombrinha e água própria”, recomenda.

Campanha lixo

A preocupação ambiental também está na pauta do passeio. “Vamos cumprir ainda com uma frente de trabalho que chamamos de ‘Ecofilosofia’. Ou seja, todo o lixo que encontrarmos pelo caminho ou que seja gerado pelos participantes será recolhido por voluntários e depois encaminhado para pontos de destinação correta do lixo. Já que estamos falando de valorização do patrimônio histórico, nada melhor do que não o sujar”, considera Edmilton Furtado.