Pará

Eles deixaram um legado para o DIÁRIO DO PARÁ

Arnaldo Torres
Arnaldo Torres

Luiz Flávio

No decorrer desses 41 anos do DIÁRIO DO PARÁ, inúmeros colaboradores ajudaram o jornal a crescer e se tornar o que é hoje. Muitos desses profissionais já partiram, mas deixaram a sua marca e ajudaram a construir a história do veículo.

Advogado, professor universitário e também jornalista Fernando Castro Júnior faleceu em agosto de 2011, aos 64 anos. Castro editava a coluna “Turismo”, publicada aos domingos no jornal e integrava o Conselho Editorial do jornal. Nascido em Teresina (PI). Trabalhou em todos os principais jornais de Belém, como a Folha do Norte, jornal Estado do Pará, A Província do Pará e, por fim o Diário do Pará.

O jornalista e colunista Walter Guimarães partiu em 18 de setembro de 2012. Walter foi locutor e repórter de rádio; repórter de jornal; diretor de TV e exercia na época a função de colunista social do jornal. Havia completado 50 anos de carreira e sua coluna, no caderno TDB, era uma das mais lidas do DIÁRIO.

Ao falecer no dia 7 de setembro de 2015, o jornalista Frank Siqueira deixou uma lacuna até hoje não preenchida na cobertura política e econômica do Estado. Com quase 5 décadas de profissão e dono de um dos melhores textos da imprensa paraense, Frank era repórter especial do DIÁRIO e no ano anterior havia sido um dos homenageados no Prêmio Sistema Fiepa de Jornalismo como Personalidade de Comunicação do ano.

Devido à grande timidez, quase nunca se ouvia a voz de José Maria Vasconcelos na redação do jornal, mas quando “Vasco” – como era carinhosamente apelidado entre os colegas – se foi aos 64 anos no dia 24 de julho de 2017, a redação ficou em silêncio. Pioneiro, o diagramador foi um dos primeiros funcionários do DIÁRIO e, por quase 35 anos, se tornou um dos responsáveis por deixar o jornal mais bonito aos leitores, já que boa parte da beleza das fotos publicadas nas páginas passava pelas suas mãos.

Assim como “Vasco” outra perda importante causou comoção na redação do jornal: a do editor Carlos Queiroz, ocorrido no dia 13 de outubro de 2018. Um dos mais antigos do Grupo RBA e muito querido por todos na redação, era o mais antigo colaborador do jornal ainda em atividade na época.

Queiroz foi um dos primeiros funcionários do DIÁRIO, com 36 anos de casa. Era editor do Caderno Brasil. Por longos anos foi o capeiro do jornal. Era um jornalista experiente, competente, tinha um humor fino, peculiar e tinha ótimas sacadas. Dificilmente faltava ao trabalho. A redação do Diário era a extensão de sua casa e era considerado uma espécie de “patrimônio” do veículo. Deixou sua marca no jornalismo paraense, ensinando muitas gerações de jornalistas.

Euclides Farias, de 59 anos, partiu no dia 14 de agosto de 2018 após perder sua uma luta contra a leucemia. Veterano do jornalismo paraense, passou pelas principais redações do Estado e também escreveu para o jornal “A Folha de São Paulo”. Desde 2006 era um dos colaboradores do Repórter Diário, principal coluna do jornal. Em 2017, foi homenageado como o comunicador do ano, prêmio concedido pelo Simineral.

Em 25 de outubro de 2019 perdemos o jornalista Guilherme Augusto, que faleceu aos 71 anos, deixando órfãos amigos, colegas de profissão, leitores e telespectadores que ficaram privados do seu jornalismo brilhante e, acima de tudo ácido, engajado e antenado com o que acontecia no Pará, no Brasil e no mundo.

Conhecido como “Anjo Barroco” pelos mais chegados, Guilherme Augusto iniciou a carreira no jornal “A Província do Pará”, onde foi editor e chefe de reportagem. Foi também correspondente da “Veja”. Em 1986 passou a atuar no DIÁRIO, primeiro na coluna “Repórter Diário”. Passados alguns meses, passou a assinar uma coluna diária, com enfoque mais político. Depois comandou durante mais de 15 anos o programa “Mais”, nas manhãs de domingo, na RBATV (canal 13). O jornalista também integrava o Conselho Editorial do jornal.

ATORRES

Também em 2019, uma das perdas mais sentidas pelo DIÁRIO foi do designer gráfico e chargista Arnaldo Torres, o “Atorres”, que morreu na madrugada do dia 22 de novembro, aos 55 anos, depois de não resistir a um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Cartunista premiado nacional e internacionalmente, era editor de arte do jornal DIÁRIO, com 30 anos de carreira.

Atorres foi um dos pilares de sustentação do início da arrancada do sucesso do jornal, sempre acreditando no projeto de que o DIÁRIO poderia um dia chegar a liderança do mercado paraense, que foi alcançado com seu trabalho. Reconhecido pela rapidez e perspicácia em suas obras, quase sempre irônicas e muitas vezes polêmicas (como as charges devem ser), Atorres iniciou como ilustrador no Diário do Pará em 1994, assinando a charge da capa.

Em 1997, assumiu o comando da editoria de arte do jornal chefiando a equipe de paginação e ilustração e assinando os projetos gráficos do jornal. Lançou os livros “Antes Charge do que Nunca” e “Leão, Papão e Outros Bichos”, ambos coletânea de charges publicadas no jornal Diário do Pará.

O fotojornalista Ney Marcondes participou de grandes e importantes coberturas jornalísticas no jornal e faleceu no dia 22 de novembro de 2020, aos 55 anos, vítima de câncer. Ele estava em São Paulo, onde nasceu. Ao longo da carreira Marcondes ganhou vários prêmios nacionais e internacionais. Um deles foi uma medalha de bronze do Festival Internacional de Fotografia de Brasília, em 2017. Ele escolheu o estado do Pará para morar e trabalhar, residindo em Castanhal.

Colunista do “Bola” desde os primórdios do caderno, o apresentador de TV e de rádio Ronaldo Porto, 69 anos, morreu no dia 14 de março de 2022, de Covid-19. Ronaldo também apresentava programas na RBATV, era advogado e exerceu mandato de vereador em Belém no período de 1997 a 2000. Ele assinava a coluna “Papo do 40º”, com notícias e bastidores do futebol paraense.

A última grande perda, não apenas para o jornal, mas para o jornalismo paraense, foi a de Guilherme Barra, que faleceu no dia primeiro de setembro de 2022, vítima de câncer. Barra foi diretor de redação do jornal DIÁRIO DO PARÁ de novembro de 1986 até 2004. Depois, seguiu colaborando com o Grupo RBA. Foi com o jornalista no comando, que o jornal teve sua primeira grande virada antes de se consolidar, anos depois, como o jornal mais lido do Norte do País, posição mantida até hoje.

Ronaldo Porto Foto: Alberto Bitar
Euclides Farias Foto: Irene Almeida
Guilherme Augusto Foto: Octávio Cardoso
Guilherme Barra
Ney Marcondes / Ricardo Amanajás
Carlos Queiroz / Jader Paes
Arnaldo Torres Foto: Octávio Cardoso