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Irmãos Simas incorporaram dupla sertaneja

Dar vida a Chitãozinho (Rodrigo) e Xororó (Felipe) foi experiência intensa na carreira dos atores FOTO: DIVULGAçãO GLOBOPLAY
Dar vida a Chitãozinho (Rodrigo) e Xororó (Felipe) foi experiência intensa na carreira dos atores FOTO: DIVULGAçãO GLOBOPLAY

Eduardo Graça – Agência O Globo

Os dois filhos de Beto Simas (e de dona Ana Paula), Rodrigo e Felipe, não vêm do “Brasil profundo” nem cresceram no campo ouvindo música caipira. Mas, assim como José e Durval, são irmãos e sonharam juntos a vida artística. Na conversa com o GLOBO, eles refletem sobre a parceria e o sentimento de darem as mãos e não largarem mais desde que foram escalados para contar a história de Chitãozinho (Rodrigo) e Xororó (Felipe).

P Ajudou o fato de vocês também serem irmãos?

R Rodrigo: Fez toda a diferença para a gente, desde o início. Já nos testes, nos olhamos e pensamos: “Ainda bem que é você aqui comigo”. Nos demos as mãos.

P Quando vocês fizeram os testes, encontraram semelhanças de bate-pronto com Chitãozinho e Xororó ou podia ter sido um vivendo o outro?

R Rodrigo: Nunca!

R Felipe: Quando analisamos as características de cada um, é engraçado, mas a gente tava tudo ali. A relação que eles têm é muito parecida com a nossa. Eu sou muito Xororó. O Rodrigo, o Chitão. Desde o avião antes dos testes detectamos isso…

P Como assim?

R Felipe: Eu tava querendo bater o texto no voo. E o Rodrigo: “Relaxa, agora é a hora da calma”. Eu queria treinar até o fim. Xororó é mais cricri com a profissão. O Chitão é mais sereno.

P E a cena do “Tente outra vez”? Vocês também tiveram algum momento em que pensaram em fazer outra coisa da vida?

R Rodrigo: É minha cena favorita, me emociono muito ali. Muito. Com todas as especificidades, nos identificamos muito com o lugar artístico deles.

P Ouvimos a voz de vocês cantando na série?

R Rodrigo: Canto um trecho de “Colcha de retalhos”, de Cascatinha e Inana, na cama, para uma personagem. Achei que iria colocar a voz em estúdio, mas foi ao vivo mesmo. Intenso, e só ali.

R Felipe: No início, a gente ficava receoso de responder essa questão. Mas hoje estamos muito confiantes no que fizemos e sabemos que seria prepotência tentar encaixar a simplicidade de nossas vozes nas de Chitãozinho e Xororó.

P As cenas de palco, ao vivo, devem ter sido especialmente intensas?

R Felipe: Sim. Pois tinha que ser a gente cantando na hora, ainda que a voz final fosse a deles. Nunca vivi nada como cantar “Evidências” no palco ao lado do meu irmão. Saí da gravação e liguei para o meu pai para dizer que havia vivido algo de fato extraordinário.

R Rodrigo: A equipe inteira ficou, atrás das câmeras, cantando junto, aos prantos.

R Felipe: Foram uns 25 takes. A gente entregando tudo, pois sabíamos que na manhã seguinte não subiríamos no palco novamente e jamais tocaríamos de verdade “Evidências” de novo.