Nova batalha contra o Náutico
Para o torcedor, é praticamente impossível dissociar a ideia de revanche na partida deste domingo contra o Náutico, na Curuzu. Está viva na memória a traumática eliminação do PSC em 2019 no estádio dos Aflitos, por obra e graça de um erro do árbitro Leandro Vuaden, que assinalou um pênalti no minuto final da partida, forçando a decisão nos pênaltis, que propiciou a vitória do Timbu. O acesso estava quase garantido quando Vuaden assinalou o fatídico e inexistente pênalti.
Cabe entender que o torcedor tem todos os motivos para dirigir ao Náutico sua mágoa pelo acesso que foi surrupiado do Papão. Aos jogadores e à comissão técnica não cabe pensar dessa forma. O correto a fazer é encarar a partida como algo completamente desvinculado daquele episódio de quatro anos atrás.
O técnico Hélio dos Anjos, acostumado a tourear problemas do tipo, adotou logo o discurso de que aquele episódio ocorrido nos Aflitos é coisa do passado. O que importa, reforçou, é o que o PSC fará a partir de agora na luta para garantir o acesso à Série B.
Hélio, por coincidência, era o comandante do PSC naquela partida e foi um dos que mais protestaram contra a desastrosa arbitragem de Vuaden. Mas, da mesma forma que anos depois foi trabalhar no Náutico, agora ele entende que o espírito revanchista não convém ao time.
O PSC tem que jogar com a seriedade e o foco mostrados desde a vitória sobre o Amazonas. Repetir a garra exibida no clássico Re-Pa e contra o CSA. Deve, porém, evitar as hesitações demonstradas nos jogos contra América-RN e Altos. A ausência de intensidade atrapalhou o time nas duas partidas e é justamente o que precisa ser resgatado hoje.
Com a Curuzu lotada, a equipe tem plenas condições de sufocar o Náutico desde o começo, buscando abrir uma vantagem nos minutos iniciais. A meia-cancha formada por João Vieira, Giovanni e Robinho é a melhor que o PSC pode ter e, curiosamente, nunca tinha utilizado. Começa pela movimentação e criatividade do trio a construção de um grande resultado.
Leão joga para continuar sonhando alto
Há três rodadas, o Remo estava preso à zona de rebaixamento e tinha um horizonte sombrio pela frente. Precisava de uma sequência vitoriosa para se afastar do perigo. As vitórias sobre Ypiranga e Volta Redonda garantiram a sequência esperada. O time alcançou 20 pontos, afastando-se do Z4 e imediatamente passando a olhar mais à frente.
Ainda que as chances de classificação permaneçam vivas, o Remo terá que superar sua média ruim na competição para conquistar as vitórias que necessita para entrar no bolo dos aspirantes ao G8 final.
Serão três jogos que equivalem a três finais, com exigência de erro zero por parte da equipe. A série começa hoje contra o Manaus, na capital amazonense. Depois, virão o CSA (fora) e o Altos, em Belém.
Todo o sonho de uma arrancada final triunfante está assentado no confronto desta tarde. Caso passe pelo Manaus, o Remo começa a desenhar um cenário mais concreto de busca pela vaga. Para isso, o técnico Ricardo Catalá treinou a equipe incessantemente ao longo da semana.
Fez a opção pelo trio Claudinei, Paulinho Curuá e Richard Franco no meio, com Jean Silva, Muriqui e Renanzinho na frente. Basicamente, é a mesma formação que derrotou – atuando bem – o Voltaço no sábado passado e também o melhor caminho para superar o Gavião.
A frase da semana
“Jorge Sampaoli é o fracassado mais bem sucedido do futebol”.
Bruno Vicari, apresentador
Bola na Torre
Giuseppe Tommaso apresenta o programa, a partir das 22h, na RBATV, com participação de Saulo Zaire e deste escriba de Baião. Em pauta, a rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. A edição é de Lourdes Cezar.
CBF rompe silêncio e se posiciona sobre máfia das apostas
Depois de longo período de silêncio, a CBF finalmente se manifestou sobre o escândalo da manipulação de apostas. Na sexta-feira, em nota oficial, a entidade informou que, “assim que o STJD decidiu pelas primeiras punições de atletas envolvidos em esquemas de apostas esportivas no Brasil, enviou solicitação à Fifa para que essas punições fossem estendidas para além do território nacional e contemplassem as 211 federações membros da entidade máxima do futebol”.
Com isso, os jogadores que foram punidos pelo STJD ficaram impedidos de atuar em clubes no exterior. O grupo de atletas condenados em julho recebeu punição definitiva, ou seja, sem direito a recurso no âmbito desportivo nacional. Com a decisão, os 15 jogadores de condenação definitiva foram bloqueados no Sistema de Registro e Transferências.
A Diretoria de Registro e Transferência da CBF, seguindo os regulamentos da Fifa, notificou as federações estrangeiras diretamente e por meio da plataforma Fifa TMS, acerca da decisão final do STJD, assim como foram abertos procedimentos junto ao Comitê Disciplinar da Fifa.
Quanto ao recente julgamento do STJD, ocorrido na última quarta-feira (09/08), ocorreu a decisão em primeira instância, que resultou em punições que variam de 360 a 720 dias de suspensão aos jogadores condenados.
Por fim, a palavra que faltava. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, garante que a entidade não irá recuar. “Não há a possibilidade de a nossa gestão, em qualquer instância, compactuar com qualquer tipo de crime. Todos os casos estão sendo encaminhados para a FIFA e os envolvidos vão responder onde quer que estejam”, afirmou.