Tylon Maués
Após a vitória de sábado, Ricardo Catalá comentou pela primeira vez sobre a razão de ter sido um dos que pediu para que os dois últimos jogos saíssem do Baenão para o Mangueirão. Ele reiterou que a medida foi unicamente técnica, e que já está certo que a próxima partida como mandante, dia 27, no encerramento da primeira fase, será no estádio azulino.
“A minha decisão de pedir para a direção de trazer os jogos ao Mangueirão, nada tem a ver com a pressão, sobretudo no futebol, no Brasil, em Belém. O atleta de alto rendimento precisa saber lidar com isso, pois ele escolheu. Nada tem a ver com a torcida, mas sim, com a qualidade do gramado. Nós somos um time pra jogar com a bola, e esse time foi montado pra isso: jogadores técnicos com capacidade de se aproximar. E não faz sentido ter um time técnico e ser preciso disputar na porrada”.
O treinador remista prosseguiu: “Vamos jogar no Baenão contra o Altos, e se alcançarmos pontuação de classificação, o primeiro jogo também deve ser lá. Jogar com a proximidade do torcedor do campo, desconforta o adversário, isso é positivo, mas quando você joga em um campo que tem condições de criar mais finalizações com mais qualidade perto do gol, isso te aproxima mais daquilo que você construiu”.
Catalá falou também da própria situação dele no clube, destacando que o cargo de treinador no futebol brasileiro sempre o obriga a pensar a cada jogo, com a cabeça quase sempre a prêmio. Mas, destacou que isso não significa desapego e sim que entende a realidade em que vive. “Eu escolhi uma profissão que me oferece apenas o próximo jogo. Não sei onde estarei daqui a uma semana, dez dias ou três meses. Apesar de meu contrato ir até outubro, é incerto onde estarei em outubro, em setembro ou agosto (…) Talvez tenha sido mal interpretado quando cheguei falando isso, pois não foco apenas na tabela. Sempre temos a possibilidade de conquistar três pontos, então por que se contentar em ‘negociar’ apenas um? Gosto de encarar as coisas dessa forma”.