Aeroportos do Pará são privatizados; veja quem administra!

Aeroportos do Pará são privatizados; veja quem administra!

Com proposta única, a Aena Desarrollo Internacional venceu a disputa pelo Bloco SP/MS/PA/MG na 7ª rodada de concessões de aeroportos e será a responsável pela administração dos aeroportos de Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará, que estão no mesmo bloco do mais atrativo aeroporto desta rodada: o de Congonhas, em São Paulo, nesta nova abertura de concessões. Esse lote inclui também aeródromos localizados em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul. A Aena Desarrolho fez proposta única no valor de R$ 2,450 bilhões. O ágio foi de 231,02%.

Já o Bloco Norte II, único a ter concorrência nesta rodada, que inclui o Aeroporto Internacional de Belém – Val-de-Cans – Júlio Cezar Ribeiro, teve como vencedor o Consórcio Novo Norte Aeroportos, com lance no valor de R$ 125 milhões e ágio de 119,78%. O lance inicial mínimo foi de R$ 56,8 milhões com investimentos previstos de R$ 875 milhões. As outorgas variáveis chegarão a 7,09% a partir do nono ano da concessão, também com duração de 30 anos. No mesmo bloco foi adquirido para concessão também o aeroporto internacional de Macapá (AP).

A Aena Brasil administra os principais terminais da região Nordeste e está investindo R$ 1,4 bilhão nos seis aeroportos, incluindo os internacionais de Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB) e Aracaju (SE). 

Além deste pagamento inicial, estão previstas outorgas variáveis ao longo do contrato equivalentes a um percentual da receita bruta, que chegará a 16,15% a partir do nono ano da concessão, segundo informou o jornal Valor Econômico.

INVESTIMENTOS E TEMPOS DE CONCESSÃO

Estão previstos R$ 5,9 bilhões de investimentos (capex) no bloco, em uma concessão de 30 anos. Segundo os estudos de viabilidade, a previsão de movimentação de passageiros no bloco em 2023 é de 24,7 milhões. Em 2052, a projeção é que o fluxo chegue a 37,5 milhões de passageiros.

A Aena Desarrollo Internacional fez sua estreia no mercado brasileiro ao vencer o leilão de seis aeroportos no Nordeste do país, em 2019 – à época, em um leilão com disputa acirrada. Hoje, a companhia opera terminais em Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju, Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB).

A companhia planeja chegar a uma cifra de investimento de R$ 1,4 bilhão até o fim de 2023 nesses ativos. Globalmente, o grupo opera 46 aeroportos na Espanha (entre eles, Barajas, em Madrid), um no Reino Unido (Londres-Luton), 12 no México, dois na Colômbia e dois na Jamaica.

No leilão desta quinta, 18, vencem os grupos que oferecerem o maior valor de outorga fixa para cada lote. Além desse pagamento inicial, os novos concessionários deverão desembolsar outorgas variáveis ao longo dos 30 anos de contrato.