Pará

Conheça Sirius, o novo reforço dos Bombeiros do Pará

Doado pelo canil do Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres da corporação de Minas Gerais, Sirius, que já completou seis meses, chegou ao Pará há pouco mais de uma semana. Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará
Doado pelo canil do Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres da corporação de Minas Gerais, Sirius, que já completou seis meses, chegou ao Pará há pouco mais de uma semana. Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará

Lealdade e persistência são as principais características dos pastores alemães de variação “capa preta”, raça do filhote Sirius, o novo cão de busca, resgate e salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA). Doado pelo canil do Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres da corporação de Minas Gerais, Sirius, que já completou seis meses, chegou ao Pará há pouco mais de uma semana.

“A chegada do segundo cão de busca e resgate do CBMPA fortalece, cada vez mais, a atividade com uso de cães na corporação. Qualificamos nossos militares em outros estados que já desenvolvem a atividade e possuem expertise relevante para garantir a excelência na preparação e treinamento dos nossos animais. O Sirius representa um reforço para o nosso canil, que está em construção”, pontua o coronel Jayme Benjó, comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Pará.

O Sirius iniciou a ambientação no trabalho pelos militares do canil de Minas Gerais, que já atuam na área de busca e salvamento com cães há muitos anos, a exemplo de ocorrências de grandes proporções, como Mariana e Brumadinho. Após a chegada em Belém, realiza treinamento de obediência e destreza. A partir deste mês, o CBMPA iniciará o treinamento específico do animal na atividade de busca.

O soldado Sávio Bendelak, especializado pelo Curso de Busca, Resgate e Salvamento com Cães promovido pelo Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (LIGABOM) é o treinador do novo filhote. O militar já identificou que o Sirius poderá atuar em duas atividades: a de cinoterapia ou Terapia Facilitada por Cães (TFC), pela característica dócil do animal, além das atividades de busca.

“Por ser um cão de pastoreio, o Sirius tem as orelhas voltadas para cima e geralmente, com essa raça, a gente trabalha varredura de área, porém, devemos considerar as características do próprio indivíduo também. Ele é um cão que coloca muito o focinho no chão, por conta disso vamos trabalhar com ele a modalidade Mantrailing”, explica o soldado. A técnica é baseada na habilidade do cão em distinguir um odor específico, que é apresentado a ele a partir de peças de roupa, joias, calçados usados, por exemplo, e ele segue em busca desse cheiro.

Curiosidades

Expectativa é de que o filhote também atue em atividades de cinoterapia ou Terapia Facilitada por Cães (TFC) no tratamento de pessoas com autismo e câncer. Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará

Com seis meses, Sirius já pesa 17 kg. A previsão é de que alcance até 35 kg. Em média, o cão passa por um treinamento de um ano e meio para atuar em atividades de busca, resgate e salvamento. A escolha do nome do novo integrante do CBMPA tem dois motivos. O primeiro faz referência à estrela Sirius, que é a alfa da Constelação Canis Major, latim para “cão maior”. O segundo motivo se refere a um dos personagens da série de livros de Harry Potter, o Sirius Black, pela forma de um animago que também se transforma em cão.

“Um cão consegue poupar o esforço dos Bombeiros que atuam em uma área, delimitando o espaço de busca até encontrar a vítima. Em situações de afogamento, por exemplo, onde o corpo está submerso, ele consegue delimitar uma área muito pequena para o mergulhador atuar. Em situação de busca e resgate de área de selva, a mesma coisa. Também pode ser utilizado em investigações criminais, com ocultação de corpo, indicando que a vítima passou por determinados lugares. É uma atividade fundamental”, destaca o militar Sávio Bendelak.