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Governo prepara projeto para liberar FGTS na demissão

Trabalhadores com carteira assinada podem resgatar bônus de até R$ 2,9 mil em fevereiro; Saiba como resgatar e consultar modalidade de saque

. Foto: Divulgação
Trabalhadores com carteira assinada podem resgatar bônus de até R$ 2,9 mil em fevereiro; Saiba como resgatar e consultar modalidade de saque . Foto: Divulgação

CRISTIANE GERCINA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta terça-feira (1º) que o governo irá enviar projeto de lei ao Congresso com alterações no saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para permitir aos trabalhadores que aderirem à modalidade o direito à retirada dos valores também na demissão.

A afirmação foi feita na abertura do Mutirão de Emprego do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que oferece 12 mil vagas a trabalhadores desempregados e estágio a jovens em busca de colocação profissional e primeiro emprego.

“O saque-aniversário não mudaria, o que estamos preparando é dar ao trabalhador o direito a sacar o seu saldo quando na demissão”, disse.

Criado em 2019, o saque-aniversário permite ao permite ao profissional a retirada de um percentual do FGTS no seu aniversário, mas, quem adere à medida não tem acesso aos valores em caso de demissão sem justa causa.

Logo no início do governo, Marinho chegou a defender o fim da modalidade, o que provocou polêmica. No mutirão, o ministro também falou sobre juros e desemprego.

Segundo ele, a taxa de desemprego, que caiu para 8% ao ano, ainda está alta. O ministro destacou a criação de mais de um milhão de vagas, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), e cumprimentou trabalhadores que estavam na fila em busca de uma colocação.

Sobre o juros, Marinho afirmou esperar que o Banco Central dê início a uma política de queda da taxa Selic. O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) se reúne nesta semana e deve definir se mantém, eleva ou diminui a taxa. O anúncio é feito nesta quarta (2).

“É muito importante que o Banco Central escute a realidade. Não é o clamor do presidente Lula, não é o clamor do governo, não é o clamor desse ou daquele empresário, dessa ou daquela liderança, é a condição real que está dada para iniciar a redução de juros tardiamente, mas como minha finada mãe dizia: ‘antes tarde do que nunca'”, afirmou.

Segundo ele, a queda nos juros é condição para melhorar a e economia e o mercado de trabalho no segundo semestre. “Então que inicie a redução de juros para sinalizar que é hora de um processo vigoroso de retomada da economia brasileira para poder gerar as oportunidades que nosso povo tanto precisa.”