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Remo faz treino aberto em busca de união entre time e torcida para sair da crise

Tylon Maués

A relação entre o time do Clube do Remo e a torcida está estremecida pela péssima campanha até aqui no Campeonato Brasileiro. A transferência do jogo contra o Ypiranga-RS do Baenão para o Mangueirão foi vista por muitos remistas como uma forma de fugir da pressão que a proximidade entre campo e arquibancada no Evandro Almeida proporciona. Ontem, alguns torcedores fizeram um protesto na saída do estacionamento do estádio do clube. Poucos estavam lá, mas o suficiente para que o policiamento fosse chamado. Hoje, na véspera da partida, o treino apronto será aberto para a entrada da torcida, a partir das 9h45, em uma tentativa de conciliação.

Entre os jogadores, há a certeza de que se os dois lados estiverem juntos o Leão Azul se tornará mais forte em busca da reabilitação. “Defendo essa unidade. Belém respira futebol e um clube da grandeza como a do Remo, quando joga junto com a torcida que tem, ganha um peso bem maior. É o momento de união. A posição na tabela não é a ideal, mas precisamos muito dos torcedores”, confirmou o meia Rodriguinho.

Um dos responsáveis em municiar os atacantes azulinos, Rodriguinho sabe que o time está devendo, reconhecendo a necessidade de melhorar em todos os aspectos para que o time volte a marcar gols. “Sabemos da nossa missão de fazer os gols na parte ofensiva. Simplificar falando que é um motivo ou outro fica muito raso, sabemos que precisamos melhorar em todos os aspectos. Temos demonstrado volume, criado as oportunidades até mais claras de gols nos jogos”, disse. “Está faltando um pouco de cada coisa, um pouco mais de capricho, concentração, frieza ali na hora da finalização, melhor escolha para podermos colocar a bola na rede, que é o que garante três pontos, pois só criar oportunidades não nos dá vantagem nenhuma”.

Sobre a ida ao Mangueirão, o meio-campista defende a mudança como um ganho técnico para a equipe. Rodriguinho afirma que o gramado do estádio estadual deixará o Remo mais à vontade em campo para construir as jogadas, em especial diante de um adversário que, segundo ele, deve ficar mais fechado em busca de uma boa.

“O gramado ajuda demais. Os times que vêm aqui em Belém, vêm com uma perspectiva mais de se defender do que de atacar e o Ypiranga, por ser uma equipe tradicionalmente da escola gaúcha, sabemos que eles têm uma característica mais defensiva. Então, um campo mais aberto, mais qualificado, facilita o jogo do nosso time que é um jogo mais técnico, mais propositivo. Só temos a ganhar jogando no Mangueirão”.