“O Reflexo do Lago” estreia no cine Líbero seguido de debate

“O
Reflexo do Lago” estreia no cine Líbero seguido de debate

Na década de
1980, a maior barragem hidrelétrica da floresta amazônica foi construída na
cidade de Tucuruí, sudeste paraense, para fornecer energia à indústria do
alumínio.

Quarenta
anos depois, as pessoas que moram nas ilhas do rio Caraipé, dentro do
reservatório da usina, ainda não têm acesso à eletricidade em casa.

Um cineasta
e a equipe chegam ao local para filmar o resultado da busca desenfreada do
homem pelo desenvolvimento, refletido em uma comunidade que vive há décadas com
os impactos sociais e ambientais de um grande projeto na Amazônia. 

Esta é a
premissa de “O Reflexo do Lago”, primeiro longa-metragem de Fernando Segtowick,
distribuído pela Elo Company e que chega ao Cine Líbero Luxardo no próximo dia
11 de agosto, seguido de debate com a presença do diretor paraense.

O filme teve
estreia mundial na Mostra Panorama do Festival de Berlim em 2020 e foi
selecionado para festivais na França, Itália, Irlanda, Estados Unidos, Kosovo e
Colombia. 

Produzido
pela Marahu Filmes, o documentário permite que o espectador se transporte para
a região amazônica e acompanhe o impacto causado, tanto na vida de seus
habitantes como na transformação permanente da mata ao redor.

“O Reflexo
do Lado é um convite para que se juntem a nós, em meio aos moradores do Rio
Caraipé e das árvores mortas pela hidrelétrica de Tucuruí. É um convite ao
público para ver a destruição da floresta e o desaparecimento de animais, mas
também, é uma chance para que possam viajar no barco do Seu Manduca e ver aquela
gente que também dança, reza, sorri e vive. Essa população resiste apesar do
poder dos ciclos econômicos e dos governantes que continuam a assombrá-la, em
uma história que é a própria história da Amazônia”, comenta o diretor.