Pará

Banhos de piscinas também exigem cuidados

O Parque dos Igarapés, no bairro do Coqueiro, possui quatro piscinas. Sete socorristas são distribuídos por esses ambientes para evitar acidentes. Foto: Ricardo Amanajás / Diário do Pará
O Parque dos Igarapés, no bairro do Coqueiro, possui quatro piscinas. Sete socorristas são distribuídos por esses ambientes para evitar acidentes. Foto: Ricardo Amanajás / Diário do Pará

Diego Monteiro

Diante de um verão amazônico com temperaturas marcando quase 35 graus Celsius, a vontade de curtir uma boa piscina aumenta entre os paraenses. No entanto, junto com a diversão, há também a responsabilidade para que a brincadeira não termine em acidentes. Além disso, é preciso tomar cuidado com a saúde da pele e do cabelo, que sofrem com os efeitos do sol e do cloro.

O guarda-vidas Felipe William, 26 anos, destaca que, mesmo com toda a orientação disponível, ainda ocorrem acidentes. “Sobre as crianças, é preciso manter o contato visual. Inclusive, o uso de boias não exclui este contato visual. O estado de vigilância deve ser constante porque os acidentes acontecem, justamente, naqueles 30 segundos que a pessoa acredita que nada vai acontecer”, reforça.

O especialista também faz um apelo às famílias que possuem piscinas em casa, enfatizando a necessidade de isolar o local adequadamente. “Manter o espaço coberto por uma lona ou um tablado e instalar grades ao redor da piscina criam uma barreira que evita que a criança se aproxime da piscina inadvertidamente. Outra dica é deixar flutuantes, pois se o pequeno cair, tem onde se agarrar”, continua.

Já no caso dos adultos, Felipe adverte sobre brincadeiras perigosas que podem resultar em acidentes graves. “É comum que, na piscina, ocorra a famosa briga de galo, onde duas pessoas ficam se empurrando em cima do ombro de outra. Esse tipo de brincadeira pode levar a quedas com a cabeça batendo na borda da piscina, provocando traumas sérios, incluindo hemorragias”, lembra o socorrista.

Antes de mergulhar, é essencial verificar a proteção dos ralos e as condições das lajotas ao redor da piscina. “Sempre quando inicio o meu trabalho, faço uma vistoria em toda a borda, pois lajota quebrada é arriscado para cortes. Além disso, os cabelos podem ficar presos nos pontos de drenagem, então a pressão é checada e se possível, uma barreira é colocada”, conclui William.

PREVENÇÃO

O Parque dos Igarapés, no bairro do Coqueiro, possui quatro piscinas. Sete socorristas são distribuídos por esses ambientes para evitar acidentes. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará

O Parque dos Igarapés, no bairro do Coqueiro, possui quatro piscinas. Sete socorristas são distribuídos por esses ambientes para evitar acidentes, além de placas com orientações sobre o uso correto da piscina também estão presentes. “Nos fins de semana, recebemos uma média de 3 mil pessoas. Para atender a essa demanda, mantemos uma equipe treinada nas bordas e na área de rampa, por exemplo”, ressalta o diretor administrativo do espaço, Uirá Pinheiro.

“Para cada atração, existem requisitos de segurança específicos, e estamos constantemente buscando atender a todas as demandas de segurança, seja por meio de placas ou de objetos que auxiliam e fornecem um suporte maior em casos de emergência. Graças a esse investimento, não tivemos ocorrências há 35 anos e pretendemos continuar assim”, destaca Uirá.

Rosana Bendelaque, 48, escolheu o local para levar o sobrinho de apenas 6 anos para aproveitar o banho. “Não é a primeira vez que venho, e este acaba sendo um local preferido, pois me sinto segura. No entanto, os nossos filhos, sobrinhos, netos, ou qualquer outra pessoa menor de idade estão sob nossa responsabilidade, então não podemos relaxar quanto à segurança deles”, disse a dona de casa.

Já Cleonice Santos, 37, teve uma experiência delicada e, por isso, não tira os olhos do filho enquanto se diverte. “Já tive uma situação de princípio de afogamento em uma piscina em Salinas, e lembro que foi muito assustador. Portanto, tenho que fazer o meu papel e ter responsabilidade de acompanhar todos os passos dele, pois basta uma fração de segundos para que algo ruim aconteça”, recorda a professora.