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Exposição de Alexandre Baena sobre a Marujada faz sucesso na Bahia

Exposição de Alexandre Baena sobre a Marujada faz sucesso na Bahia

Depois de passar por São Paulo e Brasília, a exposição itinerante “Esmolação – Imagens da Marujada de Bragança pelo Brasil”, do fotógrafo paraense Alexandre Baena, encerra amanhã sua temporada em Salvador, onde está montada desde o último dia 12 no Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com 14 telas em cores retratando os detalhes da procissão, rostos, trajes, fé, religiosidade, arte e cultura secular do povo bragantino.

Como parte da programação, além das telas, a imagem de São Benedito foi recebida pela Irmandade de São Benedito do Convento de São Francisco, a mais antiga irmandade  do Brasil dedicada ao santo, com uma cerimônia religiosa na Igreja de São Francisco, no Pelourinho.

Presidente da Irmandade, a juíza Herlina Rodrigues se emocionou com as fotografias. “As pessoas fotografadas são nossos irmãos daqui, são os mesmos traços. Na igreja, a emoção foi grande vendo nossos irmãos entrando com o andor de São Benedito. Esse momento vai ficar guardado em nosso coração”, destacou Herlina.

Para o fotógrafo Alexandre Baena, poder levar essas obras até a Bahia tem a intervenção do santo. “Ser recebido pela equipe do Museu de Arte Sacra foi sem dúvida de uma alegria imensa e foi traçado por São Benedito. São irmãos que se encontram neste momento, irmãos de fé, adoração e de um propósito, de não só divulgar a cultura bragantina, mas salvaguardar o nosso patrimônio imaterial e cultural”, destacou.

“O que eu desejo é o que as minhas lentes mostram possam tocar e criar memórias em cada um e que possam estar conosco em Bragança para vivenciar de perto a essência deste bem religioso que é de todos nós”, completou o paraense.

O superintendente regional do Iphan-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na Bahia, Hermano Fabrício Queiroz, também prestigiou a mostra em sua abertura e ressaltou a importância dessa itinerância. “O povo do Pará é uma das maiores demonstrações de fé que a gente tem no país, em diversidade cultural, de respeito à cultura, às devoções populares, e mais que tudo, respeito à porção humana do patrimônio, que são as pessoas, e que a exposição soube tão bem revelar”, enfatizou.

Na sequência da Bahia, a exposição segue ao Paraná, retornando a Belém e finalizado em Bragança, na festividade dos 410 anos da cidade, em mês de dezembro.