Pará

Círio de Nossa Senhora do Pilar será neste domingo

A romaria acontece na Vila de Curuçambaba, em Cametá. Foto: divulgação
A romaria acontece na Vila de Curuçambaba, em Cametá. Foto: divulgação

A Vila de Curuçambaba, em Cametá, na região do Baixo Tocantins, realiza neste domingo, 16, a partir das 16h30, a 134ª edição do Círio Terrestre de Nossa Senhora do Pilar. A romaria vai percorrer as principais ruas da vila até a frente da igreja, onde acontece uma celebração.

Com o tema “100 anos da Inauguração da Igreja de Nossa Senhora do Pilar (1923 – 2023)”, a festividade iniciou, na última quinta-feira, 13, com a descida da santa. Já nesta sexta-feira, 14, pela manhã, aconteceu a 14ª edição do Círio Rodoviário, saindo do trevo da PA-467 com a PA-151, percorrendo 19 km até a Igreja Matriz. Às 15h, aconteceu a trasladação de barco até a sede de Cametá, para a Igreja Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Novo.

Neste sábado (15), a programação segue com a 24ª edição do Círio das Águas, percorrendo o rio Tocantins, com homenagens das comunidades e famílias ribeirinhas à padroeira. O término da procissão fluvial acontece por volta de 17h, quando recebe homenagem dos pescadores e depois é conduzida até a capela situada na Rua São Pedro.

O culto à Nossa Senhora do Pilar tem origem na Europa cristã. Segundo Gleiton Melo Rodrigues, historiador e coordenador da  Guarda de Nossa Senhora do Pilar, de acordo com a tradição cristã, o apóstolo São Tiago estava em Zaragoza, perto do Rio Ebro, na Espanha, quando a Maria mãe de Jesus, ainda viva, apareceu para ele em cima de um pilar de mármore, rodeada de anjos, e disse a ele para construir uma capela para sua veneração, desaparecendo em seguida. São Tiago, então, começa a construção da Igreja para a Nossa Senhora do Pilar.

“Curuçambaba tem 372 anos e seu nome tem origem indígena, que significa cruz no rio. A devoção à Nossa Senhora do Pilar foi trazida pelo português Manoel Pestana de Vasconcelos, que era devoto da santa. A criação da Irmandade de Nossa Senhora do Pilar das Almas ocorreu em 1890, conforme registro da Paróquia de São João Batista. As irmandades surgem a partir das perspectivas tradicionais do período medieval, em um contexto na qual tinham como um dos objetivos a ajuda mútua, além de outras assistências aos seus associados”, contou o historiador.

No próximo domingo, 23, às 18h, acontece o Círio das Crianças, e no dia 30 de julho, às 8h, acontece missa dedicada à Nossa Senhora do Pilar e a 18ª procissão do Recírio.  Atualmente, existe um projeto para tornar a festa patrimônio cultural imaterial do Estado do Pará.