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Hélio dos Anjos: Rodada passada não interfere no Re-Pa

Hélio dos Anjos trabalha pesado para deixar o time bicolor pronto para o clássico. FOTO: Jorge Luis Totti / PSC
Hélio dos Anjos trabalha pesado para deixar o time bicolor pronto para o clássico. FOTO: Jorge Luis Totti / PSC

Nildo Lima

A vitória conquistada diante do Amazonas-AM, líder da Série C do Brasileiro, a primeira do Paysandu fora de casa, na opinião do técnico Hélio dos Anjos, o comandante bicolor, não representa algo que possa ser levado para o Re-Pa de segunda-feira (17). Em entrevista, o treinador fez questão de isolar o resultado conseguido pelo Papão, em Manaus, ressaltando que o Re-Pa é uma partida diferenciada. “É um clássico. O clássico não quer dizer nada em relação com o que passou”, afirmou o treinador. “Hoje a preparação é totalmente voltada para o clássico, totalmente voltada para revitalizar essa equipe, que precisa melhorar muito”, apontou.

De acordo com Dos Anjos, o resultado obtido na rodada passada do campeonato vem em função do trabalho específico feito para a partida. “Tivemos uma vitória convincente em cima daquilo que trabalhamos”, argumentou. Dos Anjos disse acreditar que o clássico pode servir para que o Papão ratifique o bom momento que vive na Terceirona. “A oportunidade de fazer um clássico é uma oportunidade de reafirmação, se você conseguir o resultado positivo”, observou o técnico.

Dos Anjos encara o maior rival bicolor cercado de muito respeito. “A torcida do Paysandu pode ter certeza, não existe temor pelo adversário, existe um respeito muito grande, porque a grandeza do jogo faz com que a gente respeite esse adversário que também está em recuperação”, garantiu. “Agora, ninguém vai ganhar fácil do Paysandu, ninguém vai atropelar o Paysandu. Nós podemos perder um jogo, tudo pode acontecer, mas o perfil da equipe vai ser de muita bravura, além da técnica, que ela é fundamental”, prometeu.

O treinador, que foi duro, mas, como de costume, franco e honesto, ao informar que recebeu o elenco bicolor abaixo do condicionamento físico exigido pelo futebol, sobretudo em uma competição de cunho nacional, voltou a tocar no tema. “Quando falamos aqui, não falamos só por falar. Temos experiência para ver só com os olhos alguns problemas, mas hoje é simples, tem os números. Os números não estavam sendo nem aceitáveis pela característica de trabalho minha, pelo modelo de jogo que quero colocar na equipe”, disse.

TRABALHO ÁRDUO

O comandante do Papão tem puxado bastante pelo elenco nos treinamentos, que têm sido encerrados quase sempre no começo da noite. “Estamos trabalhando muito duro. Estamos elevando os índices de performances dos jogadores, de exigência, do volume de trabalho, a intensidade, a parte de força da equipe”, anunciou o treinador, que fez até aqui dois jogos à frente do Papão – Brusque-SC e Amazonas.