Nildo Lima
Nem bem colocou a mala no chão ao chegar a Belém e o goleiro Matheus Nogueira, de 25 anos, já foi logo encarando a sua estreia com a camisa do Paysandu. E a primeira apresentação do arqueiro com a camisa bicolor não poderia ter sido melhor. Além de ajudar bastante o time a bater o Amazonas-AM, na primeira vitória do Papão fora de casa na competição, Nogueira ainda praticou a melhor defesa da rodada passada da Série C do Brasileiro. Com o belo cartão de visita apresentado ao torcedor bicolor, o goleiro vai encarar agora o primeiro Re-Pa de sua carreira, na segunda-feira, no Mangueirão.
Nogueira assegura que está pronto para o difícil compromisso diante do maior rival do Papão, assegurando que tem muito mais a mostrar à Fiel e a ajudar o Paysandu na luta pelo acesso à Série B do Brasileiro de 2024. “Acho que a gente não pode parar por aqui. Graças a Deus pude fazer uma boa partida, uma partida de excelência de todos (os jogadores), coroada com a vitória e não para por aqui”, declarou, ontem, o goleiro. “A gente sempre vai buscar mais no dia a dia, no trabalho. Se puder e se for preciso fazer, que eu possa ter o êxito que tive na rodada passada”, prosseguiu.
Questionado se o goleiro precisa contar com o fator sorte para dar o seu recado em campo, Nogueira preferiu atribuir as boas defesas que fez no jogo passado, em Manaus, aos treinamentos, que, no caso dele, foram bem poucos em seu novo clube. “A sorte é o dia a dia. É o trabalho que a gente vem fazendo juntamente com os meus companheiros, o Alan, o Thiago, o Gabriel, o Cláudio, juntamente com os preparadores (Silvano) Austrália e Ronaldo (Willis). Então a nossa sorte é essa”, disse.
O jogador sorriu ao ser perguntado se os jogadores da posição na qual ele atua têm menos trabalho que os demais do time. “A gente é quem mais trabalha, mais treina e no jogo corre menos”, sorriu ao responder. “A gente trabalha bastante para chegar no jogo e tentar não falhar, não errar. A gente trabalha para minimizar esses erros”, afirmou. O jogador falou sobre o Re-Pa. “É o meu primeiro clássico. Sei que a cidade é movida pelo futebol, pelo Re-Pa. É uma responsabilidade grande. A gente sabe que o Remo não vem de uma boa sequência, mas o clássico muda. Clássico é clássico”, comentou.
Nogueira preferiu não apontar este ou aquele fator como determinante para se vencer um clássico. “Acho que clássico são todos os detalhes. Seja com ou sem a bola. Todos os detalhes são importantes. É preciso estar ligado os 90 ou 100 minutos que sejam”, recomendou o goleiro, que lembrou ter disputado o clássico potiguar entre ABC-RN e América-RN, quando ele defendia o primeiro.