Pará

Doze escolas cívico-militares do Pará terão mudanças com fim de programa

esde que assumiu o governo, a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda como finalizar o Pecim sem prejudicar as unidades que aderiram ao programa. Foto: Marcos Corrêa/PR
esde que assumiu o governo, a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda como finalizar o Pecim sem prejudicar as unidades que aderiram ao programa. Foto: Marcos Corrêa/PR

Agência Brasil

O governo federal irá encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Esta semana, o Ministério da Educação (MEC) enviou um ofício aos secretários de Educação informando que o programa será finalizado e que deverá ser feita uma transição cuidadosa das atividades para não comprometer o cotidiano das escolas.

O Pecim era a principal bandeira do governo de Jair Bolsonaro para a educação. O programa era executado em parceria entre o MEC e o Ministério da Defesa. Por meio dele, militares atuam na gestão escolar e na gestão educacional. O programa conta com a participação de militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares.

No Pará, doze escolas serão atingidas, sendo dez escolas estaduais e duas municipais (veja lista ao final).

O programa foi alvo de elogios e de críticas, além de denúncias de abusos de militares nas escolas. Desde que assumiu o governo, a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda como finalizar o Pecim sem prejudicar as unidades que aderiram ao programa.

No ofício, o MEC informa que será iniciado um processo de “desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvidas na implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao programa, bem como a adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade necessária aos trabalhos e atividades educacionais.”

A pasta também solicita aos coordenadores regionais do Programa e Pontos Focais das Secretarias que assegurem “uma transição cuidadosa das atividades que não comprometa o cotidiano das escolas e as conquistas de organização que foram mobilizadas pelo Programa”, acrescenta o texto.

Com o encerramento do programa, de acordo com o MEC, cada sistema de ensino deverá definir estratégias específicas para reintegrar as unidades educacionais às redes regulares. A pasta diz ainda, no ofício, que está em tramitação uma regulamentação específica que vai nortear a efetivação das medidas.

Segundo o MEC, 216 escolas aderiram ao modelo nas cinco regiões do país.

O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) confirmou que outros estados receberam o ofício, mas ainda não se manifestou sobre o assunto. (Com redação do DIÁRIO)

ESCOLAS ATINGIDAS NO PARÁ

Escola Estadual Maestro Waldemar Henrique da Costa Pereira, em Belém;

Escola Estadual Prof. Francisco Paulo do Nascimento Mendes, em Ananindeua;

Escola Estadual José de Alencar, em Santarém;

Escola Estadual de Ensino Médio Presidente Castelo Branco, em Paragominas;

Escola Estadual Dr. Justo Chermont, em Belém;

Escola Estadual Dom Alberto Galdêncio Ramos, em Ananindeua

Escola Municipal Jorceli Silva Sestari, em Santana do Araguaia;

Escola Municipal Eldorado, em Eldorado dos Carajás.

4 Escolas Estaduais (nomes não constam na lista do site do Pecim)