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Remo terá "ultimato" no clássico contra o Paysandu pela Série C

Matheus de Oliveira

O cenário do Clube do Remo para a sequência da Série C do Campeonato Brasileiro não poderia ser pior do que o atual em relação à projeção para 13° rodada da competição. Há três partidas sem vitórias e com uma derrota vexatória em seus domínios, no Baenão, o time vai para o encontro do único Clássico Re-Pa desta fase classificatória atordoado pelo momento instável no gramado, ao lado da péssima posição na tábua de classificação, abrindo a zona de rebaixamento, na 17° colocação. O choque Rei da Amazônia, nesse sentido, deverá ser o divisor de águas final para o Leão Azul em sua participação nesta edição da competição: lutar contra a queda à Série D ou tentar, na marra, uma vaga no G8.

Com base no que tem sido apresentado nas três últimas semanas, dentro e fora de casa, a briga frente ao descenso tem chamado o protagonismo no horizonte azulino. Com apresentações sofríveis e a qualidade técnica do elenco mais duvidosa do que jogos de apostas on-line, o Mais Querido tem sido o seu principal inimigo na direção do triunfo. Os fracassos nos fundamentos básicos em campo puniram sem compaixão as decisões erradas na hora do arremate ou do toque final, ao ceder espaço para os adversários arrancarem todo o tipo de pontuação disponível nos confrontos.

Para reforçar todas as broncas da equipe, um ponto que deve entrar totalmente abalado para o desenrolar dos 90 minutos frente ao arquirrival: o moral no chão. Sem nenhuma ponta positiva para o jogo, visto o retrospecto ruim e o embalo do rival que vem de uma vitória gigante, fora de casa e sobre o líder, o Remo vai literalmente contra tudo e contra todos, em uma espécie de final antecipada.

O motivo para encarar o Re-Pa dessa maneira é a configuração da tabela da Terceirona neste momento. Dos sete jogos restantes, para não cair, o time necessita vencer pelo menos quatro confrontos. Para sonhar com a classificação, o número mágico sobe para seis triunfos. Ou seja, em caso de negativa no duelo mais disputado do mundo, o fantasma da Série D ganhará proporções cada vez mais reais.

Em fase ruim pelo time, o atacante Muriqui destacou. “Agora é trabalhar para que o Re-Pa seja um divisor de águas”, frisa.