Pará

Praias de Salinópolis bombam nas férias de julho

Preços de produtos na praia do Atalaia têm assustado os veranistas neste ano. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Preços de produtos na praia do Atalaia têm assustado os veranistas neste ano. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Pryscila Soares

O segundo final de semana das férias escolares atraiu muitos veranistas para Salinopólis, no nordeste paraense. Banhada pelo oceano Atlântico, a cidade, localizada a 207 km de distância de Belém, é um dos destinos mais procurados neste período de veraneio. E não é para menos. O município é cercado de paisagens naturais exuberantes e conta com opções de lazer variadas durante o dia e à noite, seja para quem busca descanso ou quem prefere o agito das praias lotadas, como é o caso da praia do Atalaia.

No último sábado (08), a tranquilidade imperou nas praias da Corvina, Maçarico e Farol Velho. Já o Atalaia recebeu o público que buscava diversão. As irmãs gêmeas Ana Clara e Ana Carolina Sarmento, de 14 anos, aproveitaram a tarde ensolarada para praticar vôlei nas areias do Atalaia.

De férias da escola, as adolescentes estão no balneário, acompanhadas dos pais, desde o início do mês e terão mais alguns dias para aproveitar o verão no Sal, como o balneário é popularmente conhecido. “A gente sempre viaja para praias porque é muito bom e tem muito sol também. Gostamos muito de vir em julho”, disse Ana Clara.

Pai das gêmeas, o servidor público Celso Filho, 42, também saiu de férias do trabalho para aproveitar o recesso junto com a família. “A primeira quinzena é o melhor período para vir. É mais calmo. Elas (as filhas) vêm para cá e se divertem. Jogam vôlei, tomam banho na praia e deixam o celular mais de lado. Pretendemos fazer outras viagens até o final do mês”, contou.

No Maçarico, movimento tranquilo. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Acompanhada do esposo, o autônomo Eduardo Pinto, 39, e do filho Carlos Eduardo, 9, a autônoma Brenda Santos, 37, explicou que a família se programou para passar somente o final de semana no balneário. “A gente sempre vem para Salinas, principalmente em julho e no final do ano. A gente gosta muito de praia. Viajamos muito para o nordeste também. Estou achando tranquilo. Acredito que a partir do dia 15 aumente mais o movimento”, pontua.

COMERCIANTES

Apesar do fluxo de veranistas que visitavam o balneário, vendedores autônomos e comerciantes esperavam vendas melhores no final de semana que passou. Um deles é o autônomo Cledenilson Ramos, 40, morador de Salinas. Ele trabalha há quatro anos comercializando artigos variados na praia do Farol Velho.

“Prefiro trabalhar aqui porque tem menos concorrência. Tenho frescobol, baldinho de areia, boias, pranchas, protetor solar, bronzeador. Tudo o que o veranista precisar, a gente tem. Até carregador portátil. O movimento ainda está fraco, comparando com os anos anteriores. Mas creio que vá melhorar. Tem também a questão da maré, que está vazando mais tarde e as pessoas acabam vindo mais tarde para a praia”, garante.

Responsável por uma barraca na praia do Atalaia, Carla Santos, 54, também espera que o movimento melhore nos próximos finais de semana. “Ainda está muito fraco mesmo. Graças a Deus, a gente tem nossos clientes antigos, que estão o tempo todo aqui. Tem muita gente (na praia) e pouco consumo. Nós, barraqueiros, ficamos de janeiro a janeiro, sob sol, chuva, maré grande e julho é para a gente poder respirar um pouco, devido as nossas dívidas”, afirma.

O Lago da Coca-Cola, de água doce, escura, gelada e com dunas de onde é possível ter uma visão privilegiada, foi bastante frequentado. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Por conta própria, a comerciante, que também é artesã, realiza um trabalho ecológico na praia. Ela e os funcionários recolhem os resíduos depositados pelos visitantes na praia e aqueles que podem ser reciclados, como o plástico, são transformados em objetos de decoração expostos na barraca. “Isso aqui era lixo, uma garrafa de água sanitária que eu transformo em artesanato. Se tivesse uma cooperativa aqui para arrecadar garrafa pet, garrafa de vidro e recicladas ia melhorar muito a quantidade de lixo que fica na praia”, reforça.