Nildo Lima
Com apenas dois treinos ministrados pelo novo treinador, o mineiro Hélio dos Anjos, de 65 anos, não poderia mesmo fazer milagre em sua estreia à frente do time do Paysandu, no último sábado, na derrota frente ao Brusque. Mas a apresentação do Papão deixou o novo comandante bicolor mais preocupado. “Eu falei pra eles (jogadores) depois do jogo que vai doer, vai sangrar, porque tudo vai mudar. Todos os quesitos que eu acho que são fundamentais para desenvolver futebol, esse grupo tá muito abaixo”, disparou o treinador.
Dos Anjos fez críticas ao condicionamento físico do grupo, que, segundo ele, está muito abaixo do necessário e tratou de dar logo um recado aos seus novos comandados. “Só os fortes vão ficar”, anunciou. O treinador falou, ainda, sobre a parte técnica dos atletas, mas de maneira superficial. “Não vou discutir a parte técnica, não vou discutir nada disso dos jogadores. Eu não vou falar isso publicamente nunca. Mas nós temos que trabalhar e eu trabalho muito diferente dos números que eu estou recebendo”, declarou.
O jogo contra o Brusque só ratificou o que o treinador já imaginava em termos de deficiência física da equipe bicolor. “Nós só tivemos dois jogadores que correram acima de 5 km. Normalmente, nas minhas equipes, oito jogadores correm acima de 5 km”, contou Dos Anjos. O time, que pode entrar na zona do rebaixamento hoje, caso o Altos-PI venca o Náutico-PE no complemento da rodada, folgou ontem, iniciando a preparação para o jogo de sábado, contra o Amazonas-AM, fora de Belém, a partir de hoje.