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Grupos juninos começam a se despedir neste final de semana

 Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará
Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará

Wal Sarges

O tom é de emoção porque o público começa a se despedir da quadra junina deste ano. Marcada por uma euforia e uma magia sem igual, a programação festiva do “Tamo Junto e Misturado – Arraial de Belém”, por exemplo, já se encerra nesta sexta-feira, 30, na Praça Waldemar Henrique, com três palcos. Na ocasião, ocorre a apuração e premiação das quadrilhas e misses vencedoras do concurso promovido pela Prefeitura de Belém, por meio da Fumbel.

Quem chegar cedo por lá, às 15h, acompanha desde a apuração dos votos, no Piano Palco. Já a Cuia Acústica inicia sua programação às 18h, com apresentação do Ponto de Cultura Paykicés, depois do Grupo de Carimbó Sabor Marajoara, da Cia de Danças Amazônicas e do grupo de carimbó Mururé, encerrando a partir das 22h15, com o show do Rei do Carimbó, Pinduca.

No Piano Palco, encerrada a apuração, a premiação será às 19h. E para celebrar, o palco ainda recebe posteriormente as apresentações do Ponto de Cultura Guerreiros do Boi, do Boi-Bumbá da Juventude e do Ponto de Cultura Kananciuê. Ao todo, 20 quadrilhas finalistas disputam para fica entre as 10 premiadas, e especialmente, para se tornar a Campeã 2023.

CENTUR

Outro lugar que respira a tradição junina é a Fundação Cultural do Pará, popularmente ainda conhecida como Centur, que contará com programação do “Arraial de Todos os Santos”, de sexta a domingo, sempre a partir das 19h. No palco da Praça do Artista, quem começa o circuito de apresentações, às 19h, é o Boi de Máscara Veludinho do Guamá, seguido do Grupo Parafolclórico Os Curupiras. A partir das 21h, será a vez da Pisada Cabôca, e na sequência, o Grupo Iaçá Luterana, o Boi de Máscara Touro Bandido e o grupo Cabras do Forró.

Em paralelo, na Praça do Povo, se apresentam os grupos de quadrilhas e misses, além de companhias de dança da cidade. A primeira será a Quadrilha Forró de Cheiro, de Marapanim, depois a Quadrilha As Piriguetes do Tenoné e em seguida, a Quadrilha da ARCTIP- Associação Recreativa e Cultural Terceira Idade Pedreirense Aroma de Patcoulli. As últimas atrações são por conta do Studio Corpo em Movimento Ufraneo e o Grupo de Dança do Bolonha.

Começa a bater a saudade…

Outra grande expressão cultural desse período são os arrastões do Arraial do Pavulagem, que realiza seu último cortejo neste domingo, 2, com concentração às 8h, na Praça da República. O Boi Azul seguirá então até a Praça Waldemar Henrique, tendo como sua apoteose o show da banda Arraial do Pavulagem e a alegria do seu Batalhão da Estrela, dormado por percussionistas, dançarinos e expressões de arte circense.

O pernalta Bruno Lins, integrante do Batalhão da Estrela, conta que a cada ano o cortejo é especial. “A minha expectativa é que neste último cortejo eu consiga me divertir ainda mais do que nos outros, aproveitar ao máximo toda essa alegria que o boizinho azulado nos proporciona, e, claro, compartilhar com os meus amigos e colegas do Arraial. Eu confesso que ao final de cada cortejo, fico com uma mistura de felicidade e um pouco de saudade também, porque embora a gente saiba que tem outro arrastão no próximo domingo, temos a certeza de que cada cortejo é único”, considera ele.

Ele conta que acompanha o cortejo há sete anos.

“Desde então, eu não consigo mais viver sem ele! O Arraial do Pavulagem é uma daquelas experiências que a gente não consegue transmitir plenamente através de palavras, daquelas que precisam ser vividas, experimentadas, sabe? Todos os anos o meu coração bate mais forte nos meses de maio e junho! São dois meses que eu considero mágicos! O arraial é um lugar de encontro, de calor humano, e sobretudo de alegria, aliás, se tem um sentimento que é compartilhado pelos ‘pavulaeiros’ é o de alegria! O arraial causa isso na gente, uma explosão de sentimentos! É impressionante como neste ano eu ainda sinto os sentimentos que me fizeram apaixonar pelo arraial a sete anos”,  ressalta Bruno Lins.