Luiza Mello
A população do Pará chegou a 8.116.132 de habitantes em 2022, segundo dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem, 28. O aumento populacional foi de 7,06% em relação ao último Censo, realizado no país em 2010, quando o Estado tinha 7.581.051 habitantes.
Por outro lado, os primeiros resultados revelam que Belém perdeu população em relação ao último Censo Demográfico, 6,46% em relação à 2010, ou cerca de 90 mil habitantes. A densidade demográfica da capital paraense é de 1.230,23 pessoas por km 2, média de 3,08 moradores por domicílio (veja lista com 45 cidades que perderam população ao final desta matéria).
O Brasil tem 203.062.512 habitantes, segundo o Censo Demográfico 2022, realizado mais de dez anos após a edição anterior da pesquisa, crescimento de 6,45% desde a edição anterior da pesquisa, em 2010.
Entre as cidades paraenses, Canaã dos Carajás foi a que mais cresceu, pulando de 26.716 habitantes em 2010 para 77.079 em 2022, crescimento de 188,51%, um dos maiores aumentos populacionais registrados em todo o país, com densidade demográfica de 24,49 pessoas por km², média de 3,15 moradores por domicílio.
Bannach é o município menos habitado do Pará, e está entre as menores cidades brasileiras, com 4.031 habitantes, apenas 600 pessoas a mais do que foi registrado em 2010. A densidade demográfica é de 1,36 pessoas por km 2, média de 3,02 moradores por domicílio.
Ananindeua mantém a maior densidade populacional com 478.778 pessoas residentes em 2022, aumento de 1,44% em relação ao último Censo, quando registrou 471.980 habitantes. As demais cidades que compõem a Região Metropolitana de Belém (RMB) registraram aumento populacional em densidade bem superior à Ananindeua: Benevides crescimento de 23,07%, Santa Bárbara do Pará (23,03%), Santa Izabel do Pará (22,79%) e Marituba, com 2,1%.
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“Observamos uma tendência de que grandes cidades no país, ao longo da última década, vêm perdendo população, como Belém, Salvador, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, que registraram a mesma tendência de diminuição da população. Ao mesmo tempo, o Censo revela que as cidades próximas a esses grandes centros, como Ananindeua, Marituba e Benevides apresentam um crescimento populacional”, aponta o superintendente do IBGE no Pará, Rony Helder Cordeiro.
Outra revelação que surge na análise do Censo com relação aos municípios paraenses é o grande aumento populacional em regiões que passaram a sofrer maior influência do avanço do garimpo e do desmatamento nos quatro últimos anos.
Jacareacanga registrou crescimento populacional de 70,47%, passando de 14.103 habitantes em 2010 para mais de 24 mil pessoas residentes no município. Senador José Porfírio (73,06%) e Anapu (55,04%) que sofreram forte influência do garimpo ilegal e de madeireiras clandestinas também registraram aumento acima da média das cidades paraenses, assim como Altamira (27,46%) e Novo Progresso (33,89%) também fazem parte de registro de alta taxa populacional.
Em queda estão municípios como Cachoeira da Piriá, com redução de 25,88% de sua população na última década. Ponta de Pedras, Chaves, Santa Cruz do Arari e Maracanã tiveram suas populações reduzidas.
No Pará, foram visitados 3.056.893 domicílios em 2022, contra 2.176.657 em 2010. A taxa nacional de resposta do Censo 2022, ou seja, o percentual de domicílios em que houve entrevista, foi de 95,8%. Entre os domicílios paraenses, 1,27% se recusaram a receber os recenseadores do IBGE e 3,25% preferiram não responder à pesquisa.
