Pará

Grupo BBF já emprega mais de 6 mil trabalhadores no Pará

Moju, Pará, Brasil. Cidade, Retranca: Grupo BBF (Brasil BioFuels) - Denilvan André da Silva, 34 anos, 
Poma. Gancho: O Grupo BBF (Brasil BioFuels), empresa brasileira fundada em 2008, é a maior produtora
de óleo de palma da América Latina, com área cultivada superior a 75 mil hectares e
capacidade de produção de 200 mil toneladas de óleo por ano. A empresa é pioneira na
criação de soluções sustentáveis para a geração de energia renovável nos sistemas
isolados, com usinas termelétricas movidas a biocombustíveis produzidos na região. Sua
atividade agrícola recupera áreas que foram degradadas até 2007 na Amazônia, seguindo
o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo (ZAE), aprovado pelo Decreto 7.172 do
Governo Federal, de 7 de maio de 2010. Local: Grupo BBF (Brasil BioFuels) - Moju. Data: 28/06/2023. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Moju, Pará, Brasil. Cidade, Retranca: Grupo BBF (Brasil BioFuels) - Denilvan André da Silva, 34 anos, Poma. Gancho: O Grupo BBF (Brasil BioFuels), empresa brasileira fundada em 2008, é a maior produtora de óleo de palma da América Latina, com área cultivada superior a 75 mil hectares e capacidade de produção de 200 mil toneladas de óleo por ano. A empresa é pioneira na criação de soluções sustentáveis para a geração de energia renovável nos sistemas isolados, com usinas termelétricas movidas a biocombustíveis produzidos na região. Sua atividade agrícola recupera áreas que foram degradadas até 2007 na Amazônia, seguindo o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo (ZAE), aprovado pelo Decreto 7.172 do Governo Federal, de 7 de maio de 2010. Local: Grupo BBF (Brasil BioFuels) - Moju. Data: 28/06/2023. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Ana Laura Costa

Desde o processo da colheita do fruto do dendezeiro até o controle de qualidade do óleo de palma, no polo da Brasil Bio Fuels (BBF), em Moju, nordeste paraense, a geração de emprego e renda tem impactado positivamente a economia local e as famílias da região.

Exemplo disso é o rural palmar Denilvan André da Silva, de 32 anos, profissional responsável pela colheita manual do fruto. Acostumado a trabalhar em pequenas plantações, junto com os quatro irmãos, há pouco mais de um ano ele foi contratado pela BBF. “A gente chega aqui e vai adquirindo experiência a cada dia. Nós somos orientados por pessoas que têm mais experiências e esse trabalho veio em um momento certo. Estava desempregado e, Graças a Deus, consegui aqui uma porta de emprego e estamos aí!”, conta o trabalhador.

Atualmente, a companhia é uma das maiores empregadoras do Norte do Brasil. Em âmbito regional, no primeiro semestre de 2023, o Grupo BBF contratou 947 trabalhadores no Pará, totalizando cerca de 6 mil pessoas empregadas diretamente pela empresa. Considerando que a empresa conta com quase 7 mil funcionários que atuam em cinco estados da região Norte, além da cidade de São Paulo, cerca de 85% desses profissionais estão no Pará, principalmente no cultivo dos mais de 60 mil hectares de palma de óleos plantados no Estado.

A engenheira de produção Débora Barbosa, 32, entrou na companhia como estagiária da área agrícola em 2017. Hoje, ela atua como analista técnica industrial, responsável pela certificação dos indicadores de qualidade para chegar ao consumidor final. “Entrar como estagiária e ir, de fato, conquistando cada oportunidade que vinha aparecendo, com as pessoas da empresa reconhecendo o meu trabalho, realmente é muito gratificante”, disse.

Até 2026, o grupo planeja dobrar o seu quadro de colaboradores na região amazônica, ano em que pretende iniciar a produção de Diesel Verde (HVO) e o Combustível Sustentável de Aviação (SAF) no Brasil. “A gente só vai ter um país justo e falar de impedir o desmatamento quando pudermos oferecer emprego para essa população. Temos 31 milhões de hectares passíveis de ser recuperados com a palma de óleo na região amazônica e a palma não pode ser mecanizada, o que fixa o homem no campo. Esse trabalho é importante porque é inclusivo”, afirma o CEO do Grupo BBF, Milton Steagall.

FAMILIAR

Além da geração de empregos, a empresa atua junto a agricultores familiares dos municípios de Tomé-Açu, Concórdia, Acará e Moju. Em 2022, 400 famílias foram beneficiadas com o programa de incentivo da companhia, número 33% superior ao de 2021.

São fornecidas mudas, permuta para compra de fertilizantes com preços acessíveis, assistência técnica com especialistas no cultivo de dendê, auxílio para crédito bancário, estímulos à melhoria contínua e garantia de compra dos frutos à preços competitivos.

O produtor rural Dorivan Almeida, 45, produz e vende à empresa o fruto do dendezeiro desde 2012. Da comunidade Lírio dos Vales, ainda em Moju, Dorivan conta que no processo de colheita e zelo, ele contrata trabalhadores da própria comunidade e paga a diária, movimentando a economia das famílias locais. “Eu também planto arroz, feijão, milho, mas a BFF é minha maior parceira, e tem me ajudado a ajudar outras pessoas também”, relata.

Fábio Pacheco, diretor agrícola da BBF, avalia que a empresa vive o melhor momento dos últimos anos no Estado. “Nosso negócio envolve uma série de aspectos, de mão de obra, seja ela de colheita, de trabalhadores rurais, até a mão de obra mais qualificada. Acreditamos muito nas oportunidades que a gente tem, principalmente na área agrícola para trazer muitas inovações para o nosso negócio. A ideia é desenvolver ao longo dos próximos anos essas parcerias, com os municípios, secretarias de educação, para continuar evoluindo e melhorando também as regiões e dar oportunidade e dignidade para as pessoas”, ressalta.

NOVIDADES

No primeiro semestre deste ano, a empresa anunciou investimento no cultivo de cacau e açaí em conjunto com a palma de óleo. A expectativa é a de que, ainda em 2023, a companhia iniciará o plantio de cerca de 1 mil hectares das frutas nativas no estado do Pará. A área corresponde a cerca de 1.400 campos de futebol.

De acordo com o CEO do Grupo BBF, a produção de cacau certificado e açaí deve ser destinada ao mercado interno. A companhia prevê investimentos em tecnologia de ponta e planejamento minucioso para o cultivo no Pará e em Roraima, que devem posicionar a empresa como a maior produtora individual de cacau do mundo até 2030.

E cerca de 100 mil hectares adicionais de palma de óleo serão plantados pela companhia para produção dos 500 milhões de litros anuais dos biocombustíveis de segunda geração. Steagall explica ainda que a palma será cultivada apenas em áreas que foram degradadas até dezembro de 2007, seguindo o que rege o Zoneamento Agroambiental da Palma de Óleo.

Porém, as outras áreas que serão adquiridas pela empresa e que foram degradadas após esse período, serão recuperadas com o cultivo do cacau e açaí. “Com isso, vamos gerar ainda mais empregos, já que o cultivo do cacau e açaí, assim como a palma, não pode ser mecanizado, e vamos recuperar com plantas nativas áreas sem vida, que foram desmatadas”, conta.

FOTOS: mauro ângelo