De acordo com as pesquisas e análises do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o quilo do feijão consumido pelos paraenses e comercializado nos supermercados da capital continua com preços elevado. Ainda segundo as pesquisas mais recentes, no mês passado o preço médio do kg do produto voltou a ficar mais caro, e com isso nos balanços comparativos de preços deste ano, de janeiro a maio e também dos últimos 12 meses, superam em mais que o dobro a inflação medida para os mesmos períodos.
Entre os 12 produtos básicos que compõem a cesta de alimentos dos paraenses, o leite é, disparado, o produto que acumula a maior alta de preço neste ano, alcançando um reajuste de mais de 32%.
O Dieese/PA pesquisa semanalmente os preços do Kg do Feijão, dos tipos carioquinha, jalo e o cavalo, comercializado em supermercados de Belém. Ainda de acordo com as pesquisas, nos últimos 12 meses, a trajetória de preços médios do produto foi a seguinte: no mês de maio do ano passado o produto foi comercializado a R$ 8,48; encerrou o ano passado com preço médio de R$ 7,84, iniciou 2023 custando em média R$ 9,62 e, em maio, foi comercializado em média a R$ 10,35.
Ainda segundo as análises do órgão, o kg do Feijão consumido pelos paraenses na capital ficou 2,48% mais caro no mês passado em relação ao mês de abril de 2023. Também no balanço comparativo de preços deste ano, em média o preço do produto acumulou alta de 32,02% já nos últimos 12 meses ficou 22,05% mais caro.
Como pode ser observado, as análises feitas pelo Dieese/PA mostram que os reajustes registrados no preço do kg do Feijão comercializado na capital superam em mais que o dobro a inflação registrada em 2,79% (INP/IBGE) para os cinco primeiros meses deste ano e acima também do índice registrado em 3,74% (INPC/IBGE) para os últimos 12 meses.
“Alguns fatores têm relação direta com a carestia no preço do feijão, são eles: diminuição de área plantada, entressafra, variações climáticas, custo de produção e sazonalidade. Cabe enfatizar que os paraenses, sentem no bolso todos estes fatores no preço do produto, entretanto o custo do frete ajuda a encarecer mais ainda o preço final do Feijão que chega aos nossos locais de comercialização”, justifica o Dieee, em estudo divulgado nesta quarta-feira, 21.