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'Ambienta' promove música, moda e gastronomia em defesa do Meio Ambiente

A banda Ultranova abre a programação do Ambienta
A banda Ultranova abre a programação do Ambienta

Wal Sarges

O Teatro Estação Gasômetro abre as portas nesta quarta-feira, 21, às 19h, para incentivar ações positivas em prol do meio ambiente. Nada melhor que fazer isso com música, arte e uma programação totalmente gratuita, que conta ainda com uma feira vegana e desfile de moda sustentável. As atrações musicais prometem muita diversão, com abertura da banda Ultranova, seguida do show de Lucas Estrela e encerrando com o Baile do Mestre Cupijó.

Esta é uma iniciativa do Festival Ambienta para comemorar o mês do meio ambiente. De acordo com Gibson Massoud, da Sonique Produções, o evento reforça a preocupação com os danos provocados pela atividade humana no planeta. “Pequenas ações podem contribuir para a melhoria desse panorama”, diz ele.

“O Festival Ambienta é maior [e ocorre em outubro]. Esta ação antecipada foi pensada para passarmos o recado de que o nosso setor pode ser mais sustentável, sempre, implementando a sustentabilidade nos eventos, o que é um desafio muito grande. A cada edição a gente tenta melhorar. Por exemplo, nossa comunicação é 90% digital, os poucos panfletos que fizemos foram de papel reciclado, a camisa que a equipe usa é de algodão sustentável, a cenografia é feita com material reciclável, entre outras coisas que a gente tenta implementar em todos os nossos eventos”, exemplifica o organizador.

Em pleno vapor, trabalhando na gravação do novo disco, com a expectativa de terminar no próximo semestre, a banda Ultranova prepara um grande show para o público. Após um hiato durante a pandemia, o grupo se reuniu com nova formação e novas composições, no meio do ano passado.

A Ultranova é formada por Daniel Leite na guitarra, Thiago Albuquerque no piano e sintetizador, Henrique Penna na bateria e Arthur Cunha no baixo (este ingressou na banda substituindo Príamo Brandão). O som da Ultranova é instrumental, experimental e traz primordialmente a sonoridade do rock progressivo clássico dos anos 1970, misturando com elementos do progressivo moderno.

No repertório, a banda traz ineditismo e sucessos de público, conta o guitarrista Daniel Leite. “Vamos aproveitar o Festival para tocar algumas músicas novas e outras novíssimas. Lançamos um single recentemente de um tema chamado ‘Odisseia para Sírius’, que já está nas plataformas digitais, e uma outra chamada ‘O Eremita’, que ainda não lançamos. Apresentaremos também algumas que o pessoal gosta muito e sempre nos pede. Uma delas é ‘Orion’, que foi eleita uma das melhores músicas do ano pelo site ProgRock.com da Inglaterra, e ‘Aquântica’, que tem um clipe muito legal, ao vivo, com o Trio Manari”, ele detalha.

Ações como esta, promovida pelo Festival Ambienta, destaca Daniel, são importantes para uma vida com mais qualidade, especialmente para as futuras gerações. “Todas as ações em relação ao meio ambiente são extremamente relevantes. Atravessamos um momento complicadíssimo, principalmente quando se traz questões de desmatamento, e agora começamos a aspirar melhoras, mas ainda está muito distante do que seria o ideal que é conseguir recuperar as nossas florestas. Além das constantes ameaças de invasão às terras dos povos originários, exploração do solo, dos minérios, e poluição das águas e do ar. Esse tipo de evento fortalece a importância da preservação e recuperação, até porque a terra é a nossa casa. A gente precisa cuidar e ainda temos muito o que trabalhar para recuperar o nosso planeta”, considera.

Como já citado, ainda sobem ao palco da ação espaecial do Ambienta, em alusão ao mês do meio ambiente, o guitarrista Lucas Esttrela. Músico ligado tanto à guitarrada e às misturas pop quanto aos improvisos e experimentações musicais, tem como disco mais recente, “Farol”, de 2017. Entre suas músicas mais conhecidas estão “Sal ou Moscou” e “Reflexões” (um feat com Waldo Squash).

Já a turma do Baile do Mestre Cupijó, que encerra a programação, tornou-se são quente quanto seu mestre homenageado, sempre colocando o público para dançar ao ritmo dos bailes paraenses, tocando especialmente o legado de Cupijó.